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A Besta em Outubro

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Iniciou-se o julgamento da besta. Belzebu matou uma criança e foi a tribunal ouvir a sua defesa, as suas atenuantes e assim, lambendo os beiços, acorda para matar mais além, noutro lugar. A Joana em Silves e depois o Daniel em Lisboa são as vítimas de um sistema insuficiente na defesa da criança. Neste tratado da maldição prossegue em julgamento a Casa Pia onde centenas de crianças sofreram maus-tratos. Entretanto ventila-se a libertação de Bibi, o único confesso violador de crianças. Isto tudo tem que ver com a importância da velocidade como vector da política. É essencial objectivar mais rigor e mais rapidez em todos os processos do Estado. Menos tempo de espera na Saúde, mais qualidade nos processos e na sua análise, mais celeridade na decisão judicial, menos volume de assuntos nos tribunais penais e sobretudo criar alternativas, outros trajectos de solução daquilo que não é essencial. Desentupir os tribunais do acessório. O Belzebu habita na miséria, na gula, na inveja, na falta de moralidade, na falta de cultura e na violência gratuita.

Por: Diogo Cabrita

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