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5 perguntinhas aos senhores e senhoras candidatos a deputados

Coisas…

Será que alguém espera que 2005 seja melhor do que este pobre ano que agora se fina?

Quando olhamos para o que aí vem conseguimos vislumbrar pelos menos 6 meses de perda de tempo: os dois primeiros de campanha eleitoral, os dois seguintes de instalação dos novos poderes e os dois seguintes de razia e redistribuição de tachos, panelas e talheres. Resumindo: mais do mesmo.

No que diz respeito aqui à terrinha, enquanto uns quantos vão deitando contas à vida, tentando preparar (ou minimizar) a queda, outros tantos esfregam as mãos antecipando o doce sabor da vitória. No entanto, uns e outros vão ter que passar pelo ritual obrigatório dos comícios, cartazes, promessas e insultos aos adversários. E é neste ponto que nós, os que votam mas não são votados, podemos começar já a levantar algumas questões que convém que sejam esclarecidas antes das contas finais.

1ª questão: hospital – a solução oficial actualmente em vigor é da autoria deste governo e é de esperar que, caso o nosso próximo primeiro-ministro seja o Dr. Lopes, ela se mantenha inalterada. Mas, pergunta-se, o que pensam os socialistas desta questão? Que têm os candidatos socialistas a dizer acerca disto?

2ª questão: maternidade – aqui até parece haver consenso entre socialistas e social-democratas da Guarda. Mas que garantias pré-eleitorais nos poderão dar os candidatos em relação a esta questão?

3ª questão: conselho de administração do hospital – parece evidente que a descoordenação publicamente assumida entre alguns membros do CA do hospital é assunto tabu para os social-democratas cá da terra. Basta olhar para o silêncio da Dra. Ana Manso perante a bandalheira a que a coisa chegou. Como é? Se ganharem as eleições, mudam-nos ou continua tudo na mesma? Quanto aos socialistas não parece haver muitas dúvidas pois até a presidente da Câmara já veio dizer o que é óbvio para toda a gente.

4ª questão: nomeação do director clínico e enfermeiro director – o fim do método democrático de eleição dos representantes dos médicos e enfermeiros nos conselhos de administração dos hospitais públicos é, se bem me lembro, da autoria do então ministro da saúde socialista Dr. Correia de Campos (o tal que partia cadeiras, recordam-se?). Como é? Depois desta experiência de comissários políticos que não representam ninguém, fica tudo na mesma? Boa pergunta!

5ª questão: deputados – na legislatura que agora acaba ambos os partidos primaram pela apresentação de alguns candidatos que a única Guarda que conheciam era a GNR. Se o socialista Pina Moura ainda aqui veio passear algumas vezes, o outro, o social-democrata Valdez, não me consta que cá tenha posto os pés nem para fazer turismo. Como será desta vez?

Bom Natal.

Por: António Matos Godinho

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