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2.122 utentes em lista de espera por cirurgia em junho na ULS da Guarda

Doentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira esperaram menos por uma operação do que a média nacional

A Lista de Inscritos para Cirurgia (LIC) da Unidade Local de Saúde da Guarda no final do primeiro semestre deste ano contava 2.122 utentes, sendo a mediana de espera de 3,83 meses, um valor que é superior ao da média nacional, que se situa nos 3,30. Já no Centro Hospitalar da Cova da Beira, os indicadores são mais positivos, pois os utentes a aguardarem cirurgias eram somente 881 e o tempo de espera de 1,97 meses.

Os dados, que constam do Relatório Síntese da Atividade em Cirurgia Programada referente ao primeiro semestre de 2012 divulgado pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) na semana passada, agradam aos responsáveis do CHCB, que abrange os Hospitais da Covilhã e do Fundão. A diretora clínica sustenta que os tempos de espera para cirurgia são «realmente muito bons» e que o objetivo é «continuar a dinamizar a atividade de cirurgia de ambulatório visando otimizar os tempos de acesso». Rosa Ballasteros refere que as patologias com mais utentes em lista de espera são do «foro urológico e cirúrgico», com destaque para «os problemas de litíase na vesícula “pedra na vesícula” e varizes». No documento, que está disponível no site da ACSS, o CHCB registou nos primeiros seis meses do ano 2.414 entradas (número de episódios que entraram em LIC durante o período de tempo, independentemente do seu estado atual). Foram operados (número de episódios operados de forma programada pelo hospital, incluindo os episódios cativados e operados pelo próprio enquanto hospital de destino num período tempo) 2.077 utentes.

Quanto ao primeiro semestre de 2010 (os dados mais recentes que se encontram disponíveis no site da ACSS), a LIC do CHCB era de 912, sendo a mediana de espera de 2,57 meses, enquanto que o número total de operados foi de 2.113. Já na ULS da Guarda, que integra os Hospitais da Guarda e de Seia, deram entrada 3.220 episódios, tendo sido operados 2.558 utentes. Quanto ao primeiro semestre de 2010, a LIC era de 1.897, a mediana de espera de 3,50 meses e o número total de utentes operados foi de 2.529. O INTERIOR tentou obter uma reação da administração da ULS da Guarda aos números presentes no relatório, mas as respostas não chegaram em tempo útil. A nível nacional, a LIC contava 174.492 utentes no fim do passado mês de junho, com uma mediana de espera de 3,30 meses, sendo que os doentes que estavam em listas de espera para cirurgia aguardavam, em média 3,3 meses e no semestre anterior 3,13.

De acordo com o relatório, 53 por cento dos utentes na LIC a 30 de junho estavam em espera há mais de três meses, uma demora que, para os autores do estudo, «torna a gestão da LIC mais ineficiente, traduzindo-se desta forma por um serviço de pior qualidade, por um lado, e em custos acrescidos, por outro». O documento revela ainda que, no primeiro semestre deste ano, foram operados 278.287 utentes, mais 5,6 por cento do que no período homólogo de 2011. Já as patologias que «mais recursos financeiros consomem na atividade cirúrgica (cirurgias ponderadas por complexidade cirúrgica) são as relacionadas com patologia osteoarticular, seguidas das relacionadas com os olhos, as cardíacas e as da pele».

Ricardo Cordeiro Utentes da ULS da Guarda esperam em média 3,83 meses por uma cirurgia

2.122 utentes em lista de espera por cirurgia em junho na ULS da Guarda

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