«Em 19 anos, a Universidade da Beira Interior cresceu e sobretudo em meios humanos qualificados. E essa é a maior riqueza da Beira Interior». É desta forma que o reitor Santos Silva analisa o desenvolvimento da instituição, que comemora sábado 19 anos como universidade, mas 30 enquanto instituição de ensino superior. Os primeiros passos da UBI foram dados em 1975 com o então Instituto Politécnico da Covilhã, seguindo-se depois o Instituto Universitário da Beira Interior em 1979.
As comemorações do aniversário contarão com a presença do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Filipe Baptista, e começará com o tradicional cortejo académico, seguida da sessão solene onde serão entregues os prémios escolares e bolsas de mérito, cartas doutorais, e medalhas de 20 anos de serviços a docentes e funcionários. No programa, incluem-se ainda a inauguração do Centro de Interpretação do Eco-Museu de Lanifícios no Edifício da Real Fábrica Veiga e o lançamento do livro “A Universidade e a Cidade” do arquitecto Bartolomeu Costa Cabral.
Desde sempre na instituição, Santos Silva destaca o desenvolvimento da UBI graças à «qualificação do corpo docente» e à estratégia levada a cabo, como as novas metodologias de aprendizagem, a qualidade das instalações, o acesso à informação e a acção social escolar. É por isso que a UBI «continua a captar alunos», destaca o reitor, admitindo no entanto que foi com a criação da Faculdade de Ciências da Saúde que a universidade ganhou mais dinamismo. «Foi dos melhores projectos de desenvolvimento regional nos últimos anos», considera Santos Silva, ao lembrar o «processo pedagógico» e a «aproximação dos estudantes aos centros de saúde e hospitais da região» desde o início.
No entanto, ainda falta levar a cabo alguns investimentos inseridos no programa de desenvolvimento. Trata-se da construção do novo pólo de Artes e Letras, junto ao edifício da Ernesto Cruz, e uma nova cantina para aquela zona, a expansão dos serviços centrais da reitoria, uma cozinha central para abastecer as cantinas e os “snacks”, bem como uma nova residência junto à Faculdade de Medicina para os seus alunos. «São projectos de que o Governo tem conhecimento, mas que vou recordar ao secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro», aponta.
UBI inaugura Centro de Interpretação do Eco-Museu de Lanifícios
Do programa de comemorações dos 19 anos da UBI, destaca-se a inauguração do Centro de Interpretação do Eco-Museu de Lanifícios no edifício da Real Fábrica Veiga. O edifício, onde será instalada também a sede do Museu, resultou da recuperação e remodelação arquitectónica do complexo fabril no âmbito do Programa Museológico elaborado para o efeito. O Centro de Interpretação terá as valências de Núcleo Museológico da Industrialização (que abrirá as portas em 2006) e do Centro de Documentação/Arquivo Histórico. Com esta obra, a UBI volta a abrir as suas portas a toda a comunidade e a continuar a recuperação das indústrias têxteis por ser «um património da cidade e do país», sublinha o reitor.
Liliana Correia