O Museu do Côa vai acolher a Cimeira do Antropocénico (Anthropocene Summit 2021) para discutir a necessidade de uma agenda para enfrentar os desafios de um planeta em mudança ao nível da sustentabilidade.
O encontro terá lugar de 15 a 17 de junho e destina-se a promover o conhecimento crítico, a inovação sustentável e um novo paradigma educacional de um planeta em rápida mudança, ao nível da sustentabilidade. A organização é do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. «Acolher uma iniciativa científica desta envergadura é um privilégio enorme. Todas as reflexões sobre o período geológico sairão do Vale do Côa para o mundo. O Côa é um território com características únicas especiais e que muitas vezes vão ao encontro das questões que circundam esta nova era que, do ponto de vista ambiental, sustentabilidade, recursos naturais ou até do ponto de vista demográfico, é indicado para este debate mundial», adianta a presidente da Fundação Côa Parque.
Segundo Aida Carvalho, a “Anthropocene Summit 2021” «não se esgota no evento em si, mas deseja-se que possa servir de rampa de lançamento para uma estrutura de caráter permanente que continue a desenvolver investigação e divulgação na área do Antropocénico. Trata-se do Observatório para o Antropoceno (OPA)». Após a cimeira, esta estrutura ficará, em Portugal, sediada na Fundação Côa Parque, em Vila Nova de Foz Côa, com o objetivo de promover a investigação interdisciplinar sobre o Antropocénico, e promover ações de divulgação e de sensibilização sobre temas a ele associados. Antropocénico – ou antropoceno – é um termo usado para descrever o período mais recente da história da Terra, tomando-se por referência o final da II Guerra Mundial, com as explosões atómicas, mas compreendendo sobretudo o aumento da poluição, a presença de substâncias radioativas e a evidência das alterações climáticas.