E há terceira sessão o PS exibiu a sua máquina partidária. O “marketing” saiu à rua num insuflável para as crianças, numa carrinha publicitária, em bonés, bandeiras e num grupo de bombos. Elementos que deram mais colorido à sessão de apresentação dos candidatos socialistas às freguesias da Guarda, uma mistura de “velha guarda” com alguns pozinhos de juventude. No domingo também não faltou um “entertainer” para aquecer a sala do Hotel de Turismo, o problema é que a assistência esteve algo morna. O candidato Joaquim Valente, esse, prometeu fazer dos próximos quatro anos «o melhor mandato das nossas vidas».
Da extensa lista apresentada constam os experientes Ernesto Gonçalves (Sé), Daniel Vendeiro (Fernão Joanes), Armindo Costa (Panoias) ou Amândio Caetano (Vila Franca do Deão). Novidades são mesmo os jovens Patrícia Pilão Monteiro (Trinta), a candidata mais nova, e Paulo Carvalho (Valhelhas), que concorrem ambos pela primeira vez, para além de Pedro Pires em Gonçalo. O PS apoia ainda as listas independentes em Aldeia Viçosa, Famalicão e Faia. Joaquim Valente, que foi presidente da Junta do Porto da Carne há duas décadas atrás, começou por dizer que esse período foi a experiência «mais gratificante» da sua vida. O mesmo espera que aconteça com os seus candidatos, a quem desafiou a desenvolver o seu projecto para os próximos quatro anos. «As Juntas são quem tem primeiro conhecimento dos problemas das pessoas. Peço-vos capacidade de diálogo e empenho para os resolver», disse. E reconhece que as freguesias têm sido as «principais prejudicadas» pelas dificuldades financeiras da autarquia. Mas o candidato já encontrou o responsável e a solução. No primeiro caso foi o anterior Governo, que «pouco ou nada fez» na Guarda, obrigando a Câmara a chegar-se à frente «muitas vezes», sustentou. Portanto, chegou a altura do actual «olhar para vocês com outros olhos e dar-vos os meios financeiros a que têm direito».
Para tal, o candidato garante que os problemas nas freguesias estão identificadas e que «sabemos como os resolver». É ainda a falta de infraestruturas básicas nalgumas localidades, novamente uma «prioridade» da lista socialista. Mas também a necessidade de requalificar «o que existe» e de valorizar os recursos locais. «Vamos criar espaços de desenvolvimento para consolidar populações e as economias das freguesias», prometeu, anunciando a propósito um PDM que «vá de encontro» às ambições e aspirações dos presidentes de Juntas e demais habitantes das aldeias. Joaquim Valente anunciou de resto que tenciona criar na Câmara um gabinete de apoio às freguesias, «equipado com novas tecnologias para terem uma resposta imediata aos vossos problemas». Alertou igualmente para a necessidade de programar investimentos, considerando, por outro lado, que algumas zonas das freguesias urbanas «ainda precisam ser requalificadas». O candidato acha determinante que se aposte também no turismo ambiental, religioso e de ofícios tradicionais: «É uma fonte de riqueza que continua por explorar nas nossas aldeias», garante, exigindo um concelho sustentado, onde «funcionem as redes escolar, social e de saúde».
Luis Martins
