A notícia com o título “Greve de professores afecta exames do 9º ano em duas escolas da Guarda”, por vós publicada no dia 23 de Junho de 2005, deixou o corpo docente da ESAA surpreendido pela imprecisão da informação veiculada, mas, sobretudo, vexada pelas acusações implícitas no referido artigo. Indignados com a falta de rigor que o referido artigo revela, esclarecemos o seguinte: (…)
-Os professores em greve nesta escola não fizeram mais do que comparecer no seu local de trabalho onde, de forma ordeira e respeitadora dos direitos de todos, exerceram o seu inalienável direito à greve. Nenhum docente impediu ou visou impedir a realização dos exames, pelo que rejeitamos veementemente a afirmação por vós feita no artigo atrás referido. (…)
Guarda, 23 de Junho de 2005
Subscrevem 80 professores da Escola Secundária Afonso de Albuquerque
N.R.: Vexados? Porquê? Por numa linha termos escrito que professores da Afonso de Albuquerque impediram alunos de prestar provas? Segundo o dicionário da Porto Editora impedir significa: «pôr impedimentos a; obstar a; opor-se a; estorvar; impossibilitar; vedar; obstruir; pear.». Não foi isto que sucedeu? E o simples facto de estarem em greve – e não está em causa esse direito – não é uma forma de impossibilitar os alunos de cumprirem com o direito e a obrigação de prestarem provas? E, já agora, segundo “O Interior” apurou, o estranho é que muitos dos subscritores do “abaixo-assinado” (?) nem leram o jornal, nem sabem o que ali se escreveu, “assinando de cruz” um texto onde, aos olhos de algum professor, existem «acusações» e «imprecisões» que não conseguimos detectar.