O Souropires deu um passo de gigante no último sábado ao vencer o Tocha, um adversário directo na luta pela manutenção. Quando falta apenas disputar três jogos, a equipa do concelho de Pinhel está sete pontos acima da “linha de água”. Deste modo, e depois de uma onda de maus resultados, o Souropires garantiu quase em definitivo a manutenção no Nacional da IIIª Divisão.
Não se assistiu a um bom jogo de futebol no Campo da Recta, muito por culpa do vento que se fez sentir e do Tocha, que abusou de futebol aéreo prejudicando as manobras ofensivas dos locais. No entanto, a equipa da casa libertou-se da pressão de que vinha sendo alvo há algumas jornadas e entrou em campo determinada a resolver a partida logo nos primeiros minutos. Pressionou constantemente o seu adversário, não deixando que criasse perigo junto da baliza de Valezim, e, aos 9 , Carlos aproveitou um deslize do guarda-redes visitante para abrir o activo. Ainda no decorrer do primeiro tempo, a equipa de Manuel Barbosa criou mais algumas oportunidades de golo que não concretizou. No segundo tempo, o Souropires regressou com a mesma atitude demonstrada nos primeiros 45 minutos, mas as dificuldades aumentaram, já que jogavam contra o vento.
Do outro lado estava uma equipa que, aproveitando essa situação, foi bombeando bolas para a área de Valezim onde criou alguns problemas à defesa local, que teve que suar muito para manter as suas redes invioladas. Apesar de denotar algum nervosismo, o Souropires foi controlando o encontro e, já em tempo de compensação, Milford, entrado aos 80 , esgueirou-se pela esquerda do ataque e chutou para o fundo da baliza à saída do guarda-redes adversário. No final, Manuel Barbosa era um homem satisfeito. Apesar de reconhecer que, matematicamente, a permanência ainda não está garantida, acredita que o objectivo irá ser conseguido, tendo enaltecido «o empenho e o valor» dos seus atletas que diz merecerem este «prémio». O trio de arbitragem, chefiado por Hélder Pereira, realizou uma actuação acima da média, num encontro em que os jogadores não dificultaram. De referir que no final da partida quatro atletas, dois de cada lado, foram sujeitos a controlo anti-doping, uma situação pouco vulgar em campeonatos da IIIª Divisão, mas que, em nosso entender, deveria acontecer mais vezes.
Fernando Araújo/Rádio F
