O município de Celorico da Beira aprovou ontem um leque de incentivos destinados à recuperação de casas devolutas no concelho. O presidente António Caetano (MPT) vai propor a medida na próxima reunião do executivo, que se realizará na freguesia de Açores, no âmbito da presidência aberta.
O objectivo é «contribuir para a revitalização de casas degradas e ajudar os munícipes a recuperar o património do município, para além de permitir a fixação populacional nas aldeias, uma tarefa urgente», considera o autarca, adiantando que alguns imóveis com relevo histórico e cultural se encontram nas mãos de particulares. Os apoios consistem na isenção de taxas municipais para os interessados e a disponibilização do gabinete técnico da autarquia para fazer levantamentos topográficos e executar projectos de arquitectura e de especialidades. Uma medida proposta numa altura em que está confirmada a integração da localidade de Prados no Plano de Recuperação das Aldeia de Montanha, da Acção Integrada de Base Territorial (AIBT) da Serra da Estrela.
«Este é mais um mecanismo para travar, acima de tudo, a desertificação do mundo rural», diz António Caetano, que espera assim poder recuperar alguns dos cerca de duas dezenas de solares e casas brasonadas que existem no concelho. Paradigmático é o facto da aprovação desta proposta acontecer em Açores, aldeia rica em património construído.
Desde 13 de Abril que o presidente celoricense tem vindo a dedicar três dias a cada freguesia. A ideia é «aproximar os eleitos dos eleitores», refere, já que o autarca faz-se acompanhar de uma equipa técnica. No final desta presidência aberta será elaborado um caderno de reivindicações e encargos, «orientador da governação dos próximos anos», sublinha António Caetano.