Após dois meses e meio sem perder e uma série de nove vitórias consecutivas, o Covilhã voltou a provar o sabor da derrota no último domingo. Os serranos não aproveitaram assim o empate do Mafra e a derrota do Ac. Viseu, mas continuam com uma vantagem considerável, já que a equipa “saloia” ainda tem que folgar. A exibição do Sporting não foi muito positiva face a uma equipa muito aguerrida.
Viu-se desde o início que o Pampilhosa não ia prestar vassalagem ao líder da zona Centro, enquanto os visitantes mostraram poucas ideias para ultrapassar o adversário. Para piorar a vida dos “leões da serra”, o terreno era um autêntico “quintal” para o Covilhã explanar o seu futebol. Mas o Pampilhosa acabou por ter a sorte do jogo, já que marcou na sua primeira oportunidade. Luís Miguel apareceu de rompante na cara do seu homónimo do Covilhã e desviou para o fundo das redes. Cinco minutos depois, os visitantes tiveram uma boa situação, por Luizinho, mas o avançado demorou muito tempo e o lance perdeu-se pela linha de fundo. À passagem da meia hora, o Covilhã esteve perto de sofrer o segundo golo, não fosse a boa defesa de Luís Miguel ao disparo do outro Luís Miguel. A recarga de Pazito saiu por cima. O Sporting tinha então muitas dificuldades para impor o seu jogo, contudo o empate esteve muito perto aos 40’, só que o livre de Pimenta acabou por embater na trave.
Tudo mudou no início da segunda parte. Os covilhanenses entraram com outro espírito e empurraram o Pampilhosa para a defesa, criando várias oportunidades. Primeiro foi Oliveira que quase aproveitou uma falha de Cortes, mas o remate foi desviado para canto. Na sequência, Piguita esteve perto de marcar, assim tivesse conseguido desviar a bola. No entanto, a pressão acabou por dar frutos e, na jogada seguinte, o Covilhã beneficiou de uma grande penalidade depois de Marco Brás travar sobre a linha o remate de Oliveira. Rui Miguel não perdoou. Feito o empate, esperava-se que o Covilhã pudesse aproveitar o facto do adversário jogar em inferioridade numérica. Puro engano, pois foi o Pampilhosa que esteve perto de chegar à vantagem, mas Luís Miguel conseguiu defender o livre de Tiago. Aos 68’ foi a vez de Cortes segurar o desvio de Oliveira. Quatro minutos depois, num lance confuso dentro da área serrana, o árbitro assinalou penalti, por pretensa mão de Milton, que Sérgio Grilo não falhou.
Aos 75 , uma “bomba” de Rui Miguel saiu ao lado e deitou por terra as aspirações ao empate dos visitantes. A partir daí o “chuveirinho” entrou em cena, mas o Pampilhosa conseguiu segurar a preciosa vantagem. No final, Fanã, técnico dos serranos, considerou o empate o resultado «mais justo», num jogo em que os jogadores do Covilhã revelaram «alguma ansiedade depois do 2-1».
Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã