O Souropires não conseguiu melhor que um empate a uma bola em Vila Nova de Poiares, no último domingo, no terreno do “lanterna vermelha” da série C do Nacional da IIIª Divisão. A equipa do concelho de Pinhel, privada do contributo de alguns jogadores que costumam ser preponderantes no seu esquema táctico, até realizou um excelente jogo de futebol. Dominou a partida quase do primeiro ao último minuto, mas pecou na finalização, o que contribuiu para o resultado menos positivo.
Atendendo às limitações do plantel, Manuel Barbosa considerou que a equipa cumpriu os objectivos, apesar de «muita gente não o querer aceitar». Poder-se-á dizer mesmo que o jogo teve apenas um sentido, já que muito raramente a equipa local criou perigo junto da baliza de Valezim, que apenas executou uma defesa digna desse nome durante os primeiros 45 minutos. O intervalo chegou com as equipas empatadas a zero, um resultado que se poderia considerar justo atendendo às oportunidades criadas por ambas. O técnico do Poiares mexeu na equipa ao intervalo e logo aos três minutos da etapa complementar conseguiu obter o golo inaugural do encontro. O Souropires não se intimidou e partiu em busca do empate, que alcançou fruto de um excelente cruzamento de Milford, do lado direito, que Beto aproveitou da melhor forma. Mas os homens de Manuel Barbosa. não estavam satisfeitos e continuaram a pressionar, colocando várias vezes em perigo a baliza de Chaves.
No entanto, umas vezes por manifesta falta de sorte, outras pela inoperância dos seus atacantes, o Souropires não conseguiu transformar em golos as inúmeras oportunidades de que dispôs. Por tudo isto, o técnico considera o resultado «injusto» e acredita cada vez mais, ao contrário de muito boa gente, na manutenção. Com este empate, a equipa do concelho de Pinhel mantém o nono lugar da classificação, a sete pontos da linha de água e a apenas três do quinto, o Social de Lamas, que joga domingo no Campo da Recta. Quanto ao trio de arbitragem, que viajou de Castelo Branco, teve uma actuação bastante positiva, pecando apenas pela não exibição de um cartão vermelho a um atleta do Poiares que travou Milford em falta quando este se encaminhava isolado para a baliza adversária.
Fernando Araújo/Rádio F
