Vinte e sete jogos depois, o Sporting da Covilhã chegou ao topo da tabela. Apesar de ser uma liderança a dois, com o Mafra, que está na frente devido ao confronto directo, os serranos mostram capacidades de manter o ritmo até ao final do campeonato, quando faltam disputar apenas nove jogos.
O Covilhã mostrou em S. João da Madeira, especialmente na segunda parte, que tem mais que potencial para subir à Liga de Honra. Foi uma equipa que acelerou quando precisou, não deixando o adversário respirar, depois de um primeiro tempo morno, em que o Sporting parecia adormecido. Pouco há a registar dessa primeira parte, já que o ritmo de jogo foi lento, com a Sanjoanense na expectativa e o Covilhã a não conseguir “arrancar” para o jogo. Aos 38 , os serranos até estiveram bem perto do golo, só que Luizinho, depois de assistência de Tarantini, rematou muito por cima. Já a Sanjoanense, que perdeu dois jogadores influentes por lesão, só assustou Luís Miguel por uma vez, mas o disparo de Toninho saiu ao lado do poste. Tudo mudou no segundo tempo. Os visitantes, já com Cláudio no flanco direito, decidiram ligar os motores e partir em busca da vitória. O primeiro lance de perigo surgiu mesmo dos pés de Cláudio, que entregou o golo de bandeja a Tarantini, mas este permitiu a defesa fácil de Bruno Conceição. Mas aos 55’, o guarda-redes local foi impotente para travar o cabeceamento de Banjai, que, perto do segundo poste, não falhou num canto de Pimenta.
O mais difícil estava feito. Só que dois minutos depois, contra a corrente do jogo, a Sanjoanense podia ter empatado não se tivesse Marcos António deslumbrado com as facilidades concedidas pela defesa visitante. Aos 58’, entrou Oliveira, já recuperado de lesão, e alguns minutos depois tentou a sua sorte de longe, mas Bruno Conceição opôs-se bem. Perto dos 70 , o Covilhã reclamou penalti por puxão a Banjai, mas o árbitro Pedro Roque mandou seguir. Não foi problema para os serranos, que, aos 73’, ampliaram a vantagem num lance em que Pimenta mostrou a sua classe desviando com habilidade um cruzamento de Cláudio. Os visitantes levantaram então o pé do acelerador e a Sanjoanense começou a ter mais espaços. Aos 82’, num livre directo, Pedro Moita pôs pela primeira vez à prova os reflexos de Luís Miguel. Dois minutos depois, o mesmo jogador atirou para golo, que Luís Miguel evitou com a defesa da tarde. No canto consequente, a Sanjoanense reduziu por Américo, livre de marcação. Os “Leões da Serra” não abanaram e até conseguiram aumentar o marcador aos 90 , através de Luizinho num canto de Pimenta. No final, Piguita, único elemento dos serranos que fez comentários, destacou a «grande exibição na segunda parte» do Covilhã.
Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã