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Egicar adquiriu Auto Neofor

Novos donos vão assumir passivo e remodelar instalações na Guarda-Gare num investimento de três milhões de euros

Egifor é o nome do novo concessionário da Ford para o distrito da Guarda que deverá abrir as portas ao público durante o mês de Abril. Os actuais sócios da Egicar, Crespo de Carvalho e António Saraiva, adquiriram a Auto Neofor, empresa que fechou devido a dificuldades económicas, e decidiram alterar a designação do concessionário para “cortar com o passado”.

Crespo de Carvalho explica que o negócio foi feito pela «assunção, praticamente, de todo o passivo acumulado da empresa», diz. Um passivo que a juntar ao que vai ser aplicado na Egifor fará com com que o investimento ultrapasse os três milhões de euros. Nesse sentido, é intenção dos novos donos «reformular e remodelar as actuais instalações, quer em termos de imagem de marca, quer do stand de exposição» e também em termos dos recursos humanos envolvidos, que estarão muito em breve a receber formação na empresa. Em relação à abertura ao público, ela ocorrerá «tão breve quanto possível, mas provavelmente durante o mês de Abril», admite o empresário. Nesta fase de arranque, o projecto prevê a contratação de 15 pessoas, mais a respectiva gerência, dependendo depois da evolução do negócio «a manutenção ou o aumento deste número». De salientar que o objectivo dos novos proprietários é o de reintegrar o máximo de trabalhadores que trabalhavam na antiga Auto Neofor. Quanto à mudança de nome para Egifor, esta tem a ver com o facto da imagem da Auto Neofor se ter «degradado muito» nos últimos anos, existindo «hoje clientes que têm alguma desconfiança em relação àquela firma». Por outro lado, o capital social também foi aumentado «para dar conta a todo este novo “élan” que a empresa vai ter».

A aquisição da Auto Neofor por parte da Egicar insere-se numa política de expansão da área automóvel, onde era «vital que ganhássemos alguma dimensão», salienta Crespo de Carvalho. «Havendo alterações significativas no quadro legislativo comunitário sobre a distribuição automóvel, quem não tiver massa crítica suficiente, volume e área de influência significativa, não terá condições para manter um grau de independência face aos interesses em jogo que permitam garantir o futuro em termos de rentabilidade», reforça. Esta aquisição visa ainda «dar resposta às necessidades dos clientes da marca Ford no distrito da Guarda», bem como «viabilizar uma empresa que atravessou uma situação complicada e que esteve fechada praticamente durante todo o ano de 2004».

Entretanto, no quadro deste negócio, existem ainda duas «pequenas dificuldades» a ultrapassar», uma das quais tem a ver com o facto de um dos accionistas vendedores ainda «não ter cumprido as suas obrigações» no quadro contratual. Crespo de Carvalho indica que os novos proprietários estão à espera que tal aconteça «a qualquer momento» para que possam regularizar «a muito curto prazo» a situação dos trabalhadores que se despediram com justa causa, devido a salários em atraso, em Março de 2004. Trata-se de um montante que «ainda não está regularizado, na medida em que há situações diferentes por cada trabalhador e estamos a trabalhar todo este dossier para podermos ombrear os nossos compromissos», garante.

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