«É um disparate e regressar ao passado de má memória em que o PS não se cansou de fazer planos directores, desenhos e mais desenhos no papel, mas que nunca deram nada de bom, nunca melhoraram as condições, nem para os profissionais, nem para os doentes». É deste modo que Ana Manso, cabeça de lista do PSD pela Guarda, comenta a opção assumida pelo Partido Socialista de avançar para a requalificação do Hospital da Guarda em vez da construção de um novo edifício.
De visita ao Sousa Martins na semana passada, onde esteve reunida com a administração, Ana Manso saiu com a «convicção» de que a razão lhe assiste a si «e a todos os guardenses que têm orgulho na sua terra e que querem também ter orgulho num novo hospital». No mesmo sentido, a candidata social-democrata assegura que a «esmagadora maioria dos profissionais querem um hospital novo, de raíz, na cerca do Hospital». De resto, pelos contactos realizados «ao longo destes anos e com mais intensidade agora na campanha», a líder do PSD está convencida que seria um «golpe muito duro» para a cidade se o processo de construção do novo hospital for «travado». Assim, se alguém se atrever a fazê-lo «há-de carregar com essa responsabilidade e um dia há-de ter que prestar contas dessa sua irresponsabilidade às gentes da Guarda», garante. Desfiando um forte rol de críticas ao principal partido da oposição, Ana Manso considera que quando o PS fala deste hospital «com desdém e lhe atribui epítetos como hospital desqualificado» está a fazer um «insulto às gentes da Guarda e a ter uma falta de respeito para com os profissionais e os utentes». Deste modo, não entende e não aceitará «nunca» que o PS considere o Sousa Martins «um hospital de segunda, porventura de retaguarda, quem sabe um dia um centro de saúde com internamento», ironiza.
Aliás, acha «lamentável algumas pessoas não quererem e não saberem lidar com a Guarda e um hospital positivos», contesta Ana Manso, para quem isso só acontecerá com uma unidade «nova, de raíz e capaz de ser um pólo dinamizador para toda a região», defende. Contudo, a candidata está confiante que a Guarda vai ter o hospital «que merece», isto apesar de não poder ser construído em extensão porque, citando o grupo de missão, precisava de oito hectares. «No Parque da Saúde há menos hectares, mas tem a vantagem de não depender do executivo socialista da Câmara da Guarda, pois que seja aqui construído», reforça. De resto, Ana Manso diz preferir uma unidade com «alguns constrangimentos» a um hospital «sem condições actualmente, quanto mais daqui a alguns anos, porque todas as estruturas técnicas estão obsoletas».