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Oito novos cursos propostos para o IPG

ESTG aposta na criação de três novas licenciaturas para inverter tendência dos últimos anos

As várias escolas do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) já apresentaram junto da Direcção-Geral do Ensino Superior as propostas para a criação de oito novos cursos para o próximo ano lectivo. O objectivo é cativar novos alunos e relançar o IPG no mercado do ensino politécnico nacional.

Numa tentativa de contrariar a tendência dos últimos anos, em que muitas vagas têm ficado por preencher, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) propôs a criação de três novas licenciaturas, bem como a mudança para um nome mais apelativo do, até agora, curso de Secretariado e Assessoria de Direcção. Ciências Administrativas e Secretariado é a nova designação proposta, sendo que o que muda é «principalmente o nome», registando-se também ligeiras alterações nos conteúdos programáticos. Já os três novos cursos, aprovados recentemente em Conselho Científico, são Redes de Comunicação e Multimédia, Design e Tecnologia e, por último, Gestão de Recursos Humanos. Jorge Leão, director da ESTG, adianta que para estas escolhas muito contribuiu um inquérito feito a alunos das escolas secundárias da Guarda, em que estes mostraram uma preferência por cursos «mais ligados às novas tecnologias», indica. Em relação a Secretariado e Assessoria de Direcção, os inquiridos acharam «mais atraente» a designação de Ciências Administrativas e Secretariado. Quanto às expectativas da escola em relação aos cursos propostos, Jorge Leão considera que «nesta conjuntura, é complicado», mas que «algo terá que ser feito, principalmente, na área da tecnologia», tendo em conta as vagas por preencher nos últimos anos na ESTG.

Um panorama completamente diferente passa-se na Escola Superior de Educação (ESEG), que obteve este ano a maior taxa de ocupação de todas as ESE’s do país. Apesar desta conjuntura favorável, o director da ESEG, Joaquim Brigas, faz questão de salientar que «não se pode ficar de braços cruzados. Temos é que fazer tudo para continuar na frente». Neste sentido, foram propostos os cursos de Artes Performativas Contemporâneas – que aborda áreas como a dança, a música, o vídeo e o teatro -, a introdução das variantes de Educação Especial para as licenciaturas de Educadores de Infância, e de Português, e Estudos Sociais para a de Professores do Ensino Básico, este já sugerido no ano transacto. Quanto ao sucesso dos cursos propostos junto do Ministério da Ciência e do Ensino Superior, Joaquim Brigas não embandeira em arco e prefere dizer que espera ver «alguns aprovados». Já na Escola Superior de Turismo e Telecomunicações (ESTT), de Seia, foram propostos os cursos de Engenharia de Telecomunicações e Multimédia, bem como o de Serviço Social e Gerontologia.

O primeiro é considerado «fundamental para consubstanciar» os dois cursos que a ESTT lecciona actualmente – Turismo e Lazer e Gestão Hoteleira -, enquanto o segundo está vocacionado para o «turismo de terceira idade», explica o director João Brás. As expectativas são «as melhores», até porque «é importante que a ESTT cresça» nesta fase de instalação dado o «elevado investimento público» realizado nas novas instalações, salienta. A aprovação, ou não, destes novos cursos deverá chegar até Maio ou Junho.

Ricardo Cordeiro

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