P-Como encara o facto de ir integrar a equipa B do Futebol Clube do Porto?
R- Estou muito contente, como qualquer jogador que vá representar um grande clube, e eu não fujo à regra. Estou muito feliz por ir para o FCP e assim que chegar à equipa vou trabalhar e dar o meu melhor. Sei que não vai ser fácil e não posso pensar que vou começar logo a jogar como titular. Mas prometo que vou dar o meu melhor para não decepcionar as pessoas que acreditam em mim.
P-Está consciente, portanto, de que vai ser necessário muito trabalho para mostrar o que vale?
R- Sim. Já este ano no Sporting da Covilhã era difícil e sei que no Porto vai ser muito mais exigente, mas estou disposto a trabalhar porque o que gosto mesmo de fazer é jogar futebol e é a carreira que quero seguir no futuro. Por isso, estou disposto a fazer todos os sacrifícios para poder triunfar.
P-O Chelsea também estava interessado em contratá-lo. Porquê a escolha do FCP?
R-É verdade. O Chelsea demonstrou interesse em contratar-me, mas não foi possível concretizar esse desejo. Falaram com o empresário, mas os meus pais e eu próprio ficámos um pouco apreensivos com essa proposta por ter que ir logo para Inglaterra, na primeira vez que ia sair de casa. Os meus pais não poderiam ir comigo para Inglaterra, o que seria complicado para mim no início. Assim, optei por ficar em Portugal e foi o Porto que me deu as melhores condições para poder prosseguir na carreira.
P-O último jogo com a camisola do Sporting da Covilhã foi nostálgico?
R- Foi um jogo especial. Os meus colegas decidiram atribuir-me a braçadeira de capitão, o que foi um a grande honra para mim. Senti alguma tristeza no final da partida porque foi no Sporting da Covilhã que me formei, que cresci como jogador e como homem e o último jogo custa sempre um pouco. Mas tem que seguir-se em frente e pensar no futuro.
P- Apesar de estar de partida, acredita que o Sporting da Covilhã poderá subir de divisão?
R-O que quero de melhor para mim, também quero para o Sporting da Covilhã. O clube tem equipa e jogadores capazes para subirem de divisão. Mas as coisas têm que ser feitas com “muita cabecinha” e com calma porque a direcção está a passar agora por algumas dificuldades. Tem-se resolvido muitos dos problemas e, quanto a nós jogadores, não nos tem faltado nada. Se houver condições para subirmos de divisão, de certeza que a direcção não vai negar.
