O Sporting da Covilhã não terminou o ano da melhor maneira, regressando com um empate a uma bola da deslocação a Oliveira de Azeméis. Um resultado que permitiu aos adversários directos escaparem-se um pouco na tabela. O encontro, que marcava a despedida de Nuno Coelho, de partida para o FC Porto, mostrou um Covilhã longe do que já revelou esta época quando joga fora de casa e que bem pode agradecer a conquista de um ponto, alcançado já fora de horas.
Os serranos entraram muito apáticos frente a uma Oliveirense sedenta de pontos, tendo que correr durante toda a segunda parte atrás do prejuízo. A partida começou logo com uma grande oportunidade para a formação da casa. José Pedro, a poucos metros da linha de golo, atirou para a defesa da tarde de Luís Miguel. A Oliveirense pressionava muito o Covilhã, que não conseguiu criar um lance com pés e cabeça. Aos 25’, os locais quase beneficiaram de um erro de Real, que desviou o esférico para a própria baliza, mas Luís Miguel, muito bem colocado, evitou o golo. À passagem da meia hora surgiu o único lance de perigo do primeiro tempo para os serranos, com Luizinho a escapar-se à defensiva contrária, mas, na hora do remate, Artur antecipou-se ao avançado do Covilhã. O golo da Oliveirense surgiu mesmo a dois minutos do intervalo. Rui Morais perdeu o esférico em zona proibida para Jó, que cruzou para a área onde surgiu Joca a desviar de cabeça para o fundo das redes. No minuto seguinte, os locais quase ampliaram a vantagem, mas Luís Miguel defendeu o disparo de Jó. Foi uma primeira parte para esquecer do Covilhã, que deu de mão beijada o domínio do jogo ao adversário, revelando poucas soluções ofensivas apesar de Fanã ter feito entrar Pimenta.
No segundo tempo, os visitantes mostraram um pouco do que são capazes e partiram à procura da reviravolta. Mas, sentindo a falta do goleador da equipa, Oliveira, os serranos nunca tiveram grandes situações para marcar, encontrando sempre pela frente uma Oliveirense determinada a segurar a magra vantagem. Aos 58’, Cunha surgiu em boa posição para empatar, mas Artur conseguiu defender. O Covilhã começou então a jogar um futebol demasiado directo, procurando com algum desespero o empate, mas a equipa da casa conseguiu suster com alguma facilidade estes ataques. Mas os serranos conseguiram empatar já em período de descontos. Cunha marcou um canto na esquerda, a bola foi desviada por um defesa da Oliveirense e ficou à mercê de Cordeiro que, apesar de ter à sua frente uma “floresta” de pernas, conseguiu marcar. No final do encontro, Virgílio, adjunto do Covilhã, referiu que a equipa esteve «longe do que é habitual» na primeira parte, mas considerou o empate justo.
Francisco Carvalho/ Rádio da Covilhã