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«Continuar o trabalho de D. António dos Santos»

Novo Bispo Coadjutor assume funções na Guarda em Janeiro

D. Manuel Rocha Felício promete o seu empenho na continuação do trabalho do actual titular da Diocese, na abertura à sociedade. Em declarações à Agência Lusa, o novo Bispo Coadjutor elogiou o trabalho de D. António dos Santos, que comemorou este mês 25 anos à frente da Diocese guardense, considerando-o como uma «figura da Igreja» que «levou o Concílio Vaticano II àquela região». «Foram muitos anos de dedicação a uma Diocese que conheço e que tenho a honra de poder colaborar e continuar», afirmou o novo bispo, que será o sucessor de D. António Santos. Afirmando-se com «entusiasmo» para assumir estas novas funções, D. Manuel Felício, até agora o Bispo Auxiliar de Lisboa responsável pelo Oeste, disse mesmo preferir o trabalho no interior em vez das grandes cidades e das suas «florestas de prédios» onde existe uma «humanidade diminuída». «Se há coisa que me entusiasma é servir as pessoas que nem sempre têm as melhores condições de vida», considerou, reconhecendo que as suas origens beirãs – nasceu em Castro Daire, distrito de Viseu – também influenciam esta perspectiva. «É um mundo que não se esquece e que faz parte de nós», afirmou o prelado. D. Manuel vai assumir, a partir do final deste mês, as funções de Bispo Coadjutor de D. António dos Santos, numa diocese com cerca de 260 mil habitantes. À hora do fecho desta ainda não era conhecida a posição da Cúria Diocesana. A Diocese da Guarda foi criada ainda no século XI, tendo sido D. Martinho o seu primeiro bispo. Nessa época, atingia o sul do Tejo, dimensão que foi substancialmente reduzida com a criação das Dioceses de Portalegre e Castelo Branco, actualmente unidas numa mesma estrutura. Actualmente, a Diocese guardense inclui a maior parte do distrito da Guarda e os concelhos da Covilhã, Belmonte, Fundão e Penamacor (Castelo Branco).

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