Subdesenvolvimento

Escrito por Jornal O Interior

O troço de estrada que liga a Quinta da Pedra (EN 18-1) ao Largo da Fonte Lameira, bem no coração de Famalicão (Guarda), com um quilómetro de extensão, via mais movimentada, acesso fundamental para os fluxos económicos e demográficos, encontra-se num estado deplorável e estilhaçado. Volvido mais de um ano, a situação agudizou-se, a infraestrutura está totalmente descaracterizada (erosão e desinvestimento dos últimos anos), a estrutura física não tem condições nenhumas: esburacada, ausência de bermas e de sinalização vertical e horizontal. O interior da malha urbana está desordenado, com práticas de cidadania desajustadas: algumas ruas, estreitas, têm as passagens bloqueadas com o aparcamento de veículos (pode ocorrer uma emergência!); Não existem lugares de estacionamento devidamente assinalados na via pública; inexistência de lombas redutoras de velocidade, destaque para a rua principal (Abílio Curto), colocando em risco os peões; O pavimento de algumas ruas está muito irregular, não drena a água, e interfere no uso e fruição; As placas sinaléticas, que funcionam como “orientação” de serviços/funções, estão indecifráveis, e algumas estão danificadas. Retrato áspero, cenário de rarefação humana e envelhecimento, influencia o comportamento psicológico (desconforto) a quem aqui vive e trabalha e aos visitantes. Certamente não é um fator (progressivo) de diferenciação face às outras freguesias rurais, pelo contrário, empobrece o meio/lugar. Será que os atores locais (autarcas) não se dão conta da gravidade da situação? Vamos continuar com esta deriva caótica. Até quando? Urge a reconversão de estruturas, através de soluções inovadoras e sustentáveis.

João da Cunha Vaz, Famalicão

Sobre o autor

Jornal O Interior

Leave a Reply