No contexto da Feira Medieval, a Câmara de Pinhel aproveitou o ambiente festivo para inaugurar a requalificação da muralha medieval da cidade Falcão. A muralha, que chegou a ter cerca de 900 metros, com seis portas e três torres, teve a requalificação de 740 metros do caminho da ronda. Segundo o presidente da autarquia, Rui Ventura, com esta intervenção «desobstruímos» o perímetro da muralha, que foi também consolidada. «As pessoas dizem-me que há cem anos que não era possível percorrer todo o caminho sobre a muralha», asseverou o autarca.
Para Rui Ventura a requalificação da muralha medieval vai «permitir atrair mais pessoas, mais turistas, à nossa cidade». O autarca apelou depois à sua memória recordando que, brincou muito naquela muralha quando era criança, para concluir que «não há nada melhor que uma criança crescer e ao ser presidente da Câmara poder intervir e melhorar os sítios onde ele e os demais meninos brincavam».
Em representação de Ana Abrunhosa (que por motivos de saúde não esteve presente), o vice-presidente da CCDRC, Luís Caetano, considerou que «é assim que podemos construir uma região desenvolvida», referindo-se à aposta sustentável que Pinhel tem feito, nomeadamente no turismo. Já a Diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes considera que a «valorização da muralha» permite criar condições «para que os turistas possam percorrer toda a muralha, aproximando o que está longe». Para Suzana Menezes, o investimento na cultura e no património, «na valorização da memória», contribui para o desenvolvimento de uma economia «da cultura, do conhecimento e do património», pois «o turismo cultural tem hoje uma enorme relevância no desenvolvimento económico dos territórios».
Segundo o autarca de Pinhel, «esta intervenção teve um custo de 285 mil euros», 85% dos quais suportados por uma candidatura ao Portugal 2020.