O Portugal da nova esquerda é um ai Jesus. Uma esquerda vergada ao peso da Virgem Maria levantada por gente LGBGT, Trans Gt Turbo e Gays AMG. O andor caminha em “tumba la lão” mas não cai. A virgem olha incrédula os profanos e pecadores convertidos.
Aqui cobram-se os maiores impostos dos últimos vinte anos, mas ninguém diz nada e os “ai Jesus” negam. O Instituto Nacional de Estatística confirma mas a esquerda abrenuncio grita! Neste jardim há flores que valem milhões e uma relva de tostões. O salário mínimo sobe às gotas oculares e o da classe média perpetua-se há dez anos sem qualquer alteração. Os salários dos gestores crescem na mesma proporção das dívidas que acumulam às instituições e numa relação de reforma choruda em relação aos bancos falidos. Como diz Jerónimo de Sousa, «há dinheiro para a banca mas não há para salários». Portugal no andor levado aos ombros do silêncio cúmplice da esquerda. A vertigem do Xerife de Nottingham Centeno associada ao Prince John Costa que vem visitar as terras dos miseráveis fazendo promessas, mas cobrando em dobro depois, não tem Robin Hood para protestar. O Bandarra foi-se. O Ali-Baba foi-se. Um povo perdido, sem lideranças, abafado por narrativas cultas que constroem destinos ricos para poucos, que elaboram estratégias onde sempre os mesmos enriquecem e os outros se drogam de uma estúpida trilogia – Fado, Fátima e Futebol. A força da pior informação criou dezenas de horas de programas sobre um desporto apenas, onde o maior gestor português ganha sete milhões de euros – mais que o Mexia, mais que o dono da Sonae, mais que o Jerónimo Martins. Ai Jesus! Um desporto onde aceitamos a iliteracia, a grosseria, o desrespeito na forma de comentários e de programas e lideranças.
Como colocamos em causa os conceitos de moral e de princípios fica uma constante piscina de insultos e de vergastada que se espalha transversalmente a tudo. Nadamos todos neste impropério. Criticamos os gestores mas não discutimos resultados. Criamos instituições de fiscalização que sobretudo constroem coimas, contra-ordenações, multas, mas não educam, não colaboram. É o regresso dos bens ao Xerife. Ele tem os cofres cheios, pois se não paga, se não investe, se cobra mais – arrecada.
A ausência de uma oposição limpa, que não coloque em dúvida investigar tudo, criar uma prioridade ao confisco e arresto dos suspeitos de roubo, que obrigue ao fim temporário do segredo bancário, que peça apoio internacional para aplicar o corretivo Lehman Brothers que retirou à fama e à ostentação a família de Bernard Madoff trouxe a Portugal um estado de revolta latente onde a impunidade dos grandes é tida como lei. A narrativa discursiva do PS, que apoiou até não poder mais o seu Sócrates, que atacou tudo e todos que falavam dos crimes da governação socialista, que optou pelas palas mais duras, só vergou à enormidade de Pinho, que o liga milagrosamente a Mexia, e este a Ricardo Salgado e este a Zeinal Bava e este a Vara e este a Berardo e este a Bataglia e este a muitos outros. Uma vergonha com a proporção milagrosa de Fátima e do Futebol e do Fado enganoso para turista. Agora colocamos as casas e os seus preços astronómicos neste Fado também. Assim vai um Portugal onde tudo perdeu a sua lógica e o seu preceito, onde o que é comum ficou raro e o que era raro se tornou democrático.
Um país com um jornalismo condicionado, com uma classe política suspeita, com uma criminalidade de colarinho branco transversal, caminha para o trajeto Venezuela, para a pior noção de Brasil e de Angola. Não é esse o milagre europeu, nem era essa a ideia dos fundadores da democracia e da nacionalidade. Robin Hood morreu e sobra a sua voz em frases soltas de Jerónimo e na demagogia cada vez mais balofa do Bloco de Esquerda.
Por: Diogo Cabrita