Presidente da Assembleia Municipal de Pinhel e deputada na Assembleia da República quer iniciar «um novo ciclo» na comissão distrital do partido e promete dar «mais atenção» às pessoas e ao território.
Saúde, setor social, agricultura, educação, tecido empresarial, comércio e turismo, é nestas áreas que assenta o projeto de Ângela Guerra para a Distrital do PSD da Guarda. A também deputada da Assembleia da República e presidente da Assembleia Municipal de Pinhel formalizou a sua candidatura no sábado, na sede do partido, na Guarda.
António Soares Gomes é o mandatário distrital e José Gomes concorre à presidência da Assembleia Distrital, enquanto José Robalo candidata-se ao Conselho de Jurisdição e Manuel Torres ao Conselho de Auditoria Financeira. Para Ângela Guerra, «com estas pessoas é absolutamente possível fazer um caminho diferente do que esta Distrital tem feito», tendo sublinhado que «ninguém está sozinho». A deputada quer iniciar um «novo ciclo», que junte a «diversidade de opiniões» e a «defesa dos interesses da região». Desde 2014 que a Distrital é liderada por Carlos Peixoto, que concorre a um terceiro mandato, mas para a pinhelense é necessário «dar muito mais atenção às pessoas, ao território e acompanhar e coordenar áreas estratégicas que são de absoluta relevância para a economia, para a sociedade e para o distrito».
O sector social é uma das áreas em que Ângela Guerra tem «mais vontade de trabalhar» e entre as ideias em mente está o «envelhecimento ativo e saudável da nossa população». Segundo a candidata, deve existir uma «transmissão de conhecimento», pois a população idosa «tem que ser potenciada, porque cria emprego, mantém o território vivo e dignifica a saúde». Já na área agrícola, que considera «determinante» para o distrito, defende a denominação de origem protegida para os produtos da região, bem como a «simplificação das regras comunitárias». No que toca à educação, referiu que «o encerramento de escolas não pode voltar a acontecer no distrito», acrescentando que «qualquer fecho de serviço público tem que ser combatido por quem cá está». Neste domínio destacou ainda a possibilidade de transferência de serviços para a região, «por exemplo de áreas como a investigação e não têm que ser arquivos, podem ter aqui o ativo».
Quanto ao sector empresarial, «que o distrito precisa como do pão para a boca», a deputada sublinhou que «é tempo de dar verdadeiros benefícios às empresas» com base nos custos de contexto, lembrando ainda o valor das portagens e o «mau estado do piso da A25». Ângela Guerra falou ainda das regras comunitárias «asfixiantes» para o comércio local, que «não tem capacidade para competir com as grandes empresas». Já no turismo, embora considere que «não nos falta promoção», esta deve ser completada com pacotes que incluam diversas atividades «para que as pessoas fiquem no distrito e visitem os concelhos». A candidata propõe-se fazer um trabalho em diversas áreas «em articulação com as autarquias», mas também através de «projetos intermunicipais», sem esquecer «os militantes de base, pois é daí que se criam posteriormente oportunidades». Em termos políticos, considerou que a atual comissão política distrital liderada por Carlos Peixoto não tem «transparência absoluta» e promete «um trabalho diário» para devolver «o rigor aos militantes». A restante equipa de Ângela Guerra será conhecida no sábado. As eleições estão agendadas para 9 de junho.
Ana Eugénia Inácio