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«O PSD da Guarda não tem estado apático, antes discreto, mas vai aparecer mais»

Cara a Cara – Tiago Gonçalves

P – Venceu a concelhia da Guarda do PSD com onze votos de diferença. Não é pouco para aspirar a um mandato tranquilo?

R – Sabíamos à partida que iria ser uma eleição muito disputada. Os resultados são o reflexo do que sempre entendemos que iria acontecer. Os militantes puderam escolher entre dois projetos alternativos, o que é salutar. Cabe a quem venceu dar passos no sentido de unir o partido e a quem perdeu aceitar os resultados e disponibilizar-se para essa mesma união.

P – Era o candidato de Álvaro Amaro nestas eleições. O que espera do presidente da Câmara a partir de agora?

R – Nunca fui nem serei candidato de ninguém. Fui candidato por uma equipa e um conjunto de pessoas que me apoiaram e incentivaram. Do presidente da Câmara espero que se continue a empenhar pela execução do programa eleitoral que apresentámos aos cidadãos da Guarda no ano de 2017. Todos os eleitos temos uma grande responsabilidade de não desperdiçar mais oportunidades para este concelho.

P – Espera também mais consideração de Álvaro Amaro pela concelhia –tendo em conta que, nas últimas autárquicas, a concelhia não foi tida nem achada na formação das listas?

R – É falso que assim tenha acontecido. A concelhia deliberou dar total liberdade ao candidato na escolha da lista à Câmara Municipal, o que, aliás, é comum, e participou ativamente nas reuniões em que foram escolhidos os candidatos à Assembleia Municipal. A relação que espero enquanto presidente da concelhia com o Dr. Álvaro Amaro é de respeito mútuo e solidariedade. Assim tem sido até hoje e assim deve continuar.

P – E com o que pode contar o presidente da Câmara da parte da concelhia?

R – A Câmara poderá contar com a nossa solidariedade e apoio. Assim deve ser entre pessoas que pertencem ao mesmo partido e juntas se apresentaram aos eleitores com um projeto de desenvolvimento para o concelho.

P – Também acha que neste momento há confusão entre autarquia e partido na Guarda?

R – Não há confusão alguma entre a autarquia e o partido. O partido tem tido, isso sim, uma ação mais discreta desde que venceu a Câmara em 2013. Uma das coisas que pretendemos mudar tem que ver com a dinâmica própria que o PSD tem que passar a ter e que é independente da ação dos eleitos pelo partido nos diversos órgãos autárquicos.

P – Quais são as suas prioridades neste mandato?

R – Dar vida própria ao PSD, unir as diversas gerações de militantes e criar hábitos e procedimentos de trabalho ao nível do partido que nos permitam estar permanentemente na vanguarda da apresentação das melhores propostas políticas para o concelho da Guarda.

P – O PSD da Guarda tem estado apático nos últimos anos. Isso vai mudar consigo na liderança?

R – O PSD não tem estado apático, antes discreto, conforme disse anteriormente. Mas vai aparecer mais e terá uma dinâmica diferente que resultará do maior envolvimento dos militantes e da criação de hábitos de discussão política e apresentação de propostas.

Perfil:

Presidente da concelhia do PSD da Guarda

Idade: 34 anos

Naturalidade: Vila Mendo – Vila Fernando (Guarda)

Profissão: Advogado

Currículo: Advogado e formador desde 2007, professor e coordenador do curso de Técnicos de Serviços Jurídicos na Ensiguarda, deputado na Assembleia Municipal desde 2009, presidente do Conselho de Jurisdição Nacional da JSD de 2008 a 2010, presidente da Comissão Eleitoral Independente da JSD de 2012 a 2014 e presidente da Assembleia-Geral da Federação Nacional de Estudantes de Direito.

Livro preferido: “Os Irmãos Karamazov”, de Fiódor Dostoievski

Filme preferido: “Braveheart”

Hobbies: Viajar, brincar com a filha, música.

Tiago Gonçalves

Sobre o autor

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