O feriado municipal de Seia foi comemorado, no sábado, com muita festa e a inauguração dos remodelados Paços do Concelho, uma cerimónia apadrinhada pelo ministro da Administração Interna, Figueiredo Lopes. No dia em que se festejaram os dezoito anos de elevação de Seia a cidade, o autarca Eduardo Brito aproveitou a ocasião para fazer alguns pedidos ao Governo em relação, nomeadamente, à requalificação do aeródromo municipal e do posto da Guarda Nacional Republicana (GNR). Mas só ficaram as promessas.
«É preciso pouco e bom», disse Eduardo Brito, face aos pedidos que Figueiredo Lopes levou para Lisboa, embora tenha realçado haver «expectativas fortes» no campo da segurança, pois o ministro já tinha garantido um reforço dos efectivos da GNR após o término do Euro. «Uma das nossas exigências está mais ou menos aprazada», assegura o autarca, que pediu ainda apoios para a requalificação do aeródromo municipal. Trata-se de um projecto com custos «muito elevados» e o «mais importante» em termos de intervenção e combate aos fogos florestais que pode existir na região, recordou o autarca. Quanto à remodelação dos Paços do Concelho, foram investidos mais de 1,7 milhões de euros (350 mil contos), que deixaram o edifício «como novo», sublinha, destacando as acessibilidades eficientes. A obra foi comparticipada em 550 mil euros (110 mil contos).
O ministro da Administração Interna gostou da inauguração e lembrou que os pedidos de Eduardo Brito «já não são novos», tendo adiantado já conhecer a situação do quartel dos bombeiros e do posto da GNR. Figueiredo Lopes garantiu que a política de modernização das forças de segurança vai continuar, pois «mesmo que haja mudança de ministro, não há de política». Contudo, apesar de ter afirmado que a sua aposta é no «policiamento, nos meios e nas próprias técnicas de combate à criminalidade», o ministro acabou por não dar certezas quanto ao destacamento da GNR em Seia. Quanto ao aeródromo, o governante sublinhou haver «todo o interesse em concluir os requisitos técnicos» daquela infraestrutura que garante maior operacionalidade aos meios de combate aos incêndios. Para tal, considerou «benéficos» os acordos de cooperação entre o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC) e as autarquias para esta intervenção.
