O Solstício e início do Verão foram assinalados às 20h45 da passada segunda-feira em Foz Côa junto a um bloco granítico de forma esférica com três metros, recentemente descoberto por um jornalista, que o classificou como um templo solar.
O rochedo situa-se numa zona de castros em Quebradas-Tambores, nas imediações da freguesia de Chãs, concelho de Foz Côa, onde o fenómeno natural é visível e que o jornalista, Jorge Trabulo Marques, supõe ter origem no período megalítico ou da cultura pré-céltica. «É um observatório astronómico natural, que dispensa o recurso a bússolas, telescópios ou qualquer outra aparelhagem astronómica especial, para se localizarem todos os quadrantes da rosa-dos-ventos e a declinação solar», explicou à agência Lusa. Jorge Trabulo Marques descreve o local de observação do Solstício de Verão como a “Aldeia das Pedras Voadoras”, que engloba um conjunto de ruínas, algumas das quais ainda nítidas, onde é possível observar restos de mós manuais, inscrições lineares, muralha derrubada, restos de habitações castrejas, clareiras, áreas de cultivo. No circuito da “Pedra do Solstício” inclui-se a visita à Pedra da Cabeleira de Nossa Senhora, alegadamente um antigo local de culto situado no ponto mais elevado de um recinto amuralhado próximo. Jorge Trabulo Marques pretende com esta iniciativa obter «o interesse de investigadores, historiadores, arqueólogos, e pesquisadores do passado do Homem e particularidades da região», que define como «cheia de misticismo e de um passado riquíssimo».