O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai desenvolver, até novembro de 2018, um projeto de investigação sobre o lítio explorado na zona de Gonçalo (Guarda).
Denominado “A geologia como base da qualidade de vida – A sustentabilidade do Lítio”, o trabalho é financiado com cerca de 150 mil euros pelo Sistema de Apoio à Investigação Científica e Tecnológica (SAICT). O objetivo é juntar «a mais-valia da existência de recursos geológicos únicos com a potencialidade de atividades de geoturismo numa região estigmatizada pelas repercussões que, no passado, as atividades do setor extrativo produziram», adianta Ana Antão. A professora e responsável pelo projeto acrescenta que outro objetivo é permitir que as populações locais «possam conhecer os atributos dos seus recursos hídricos e do ar que respiram, pretendendo-se assim trazer a comunidade para o seu território, maximizando um produto único e de atual relevância nas chamadas soluções tecnológicas limpas».
A investigação vai contemplar levantamentos topográficos e cadastrais para a modelação 3D do terreno e do campo em análise, bem como estudos de impacte ambiental com a monitorização de águas e poeiras. Posteriormente, a especialista vai propor a criação de percursos temáticos ligados à geologia, à atividade mineira, religiosa e cultural, bem como a conceção de um museu a céu aberto na zona em estudo. O projeto é realizado com a colaboração dos Politécnicos de Tomar e Castelo Branco, com o apoio de uma associação socioprofissional e de uma empresa do setor.
