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Associativismo Juvenil

Crónica Política

A participação cívica da camada jovem da população tem aumentado e isso tem sido notório pela quantidade de associações, com os mais variados objectivos (desporto, cultura, lazer, natureza, aventura, etc.) que se têm formado pelo país. Um exemplo recente aconteceu aqui na Guarda na semana passada com a constituição do “Cineclube da Guarda”. Esta associação juvenil propõe-se dinamizar o cinema na cidade colmatando lacunas enormes da nossa (única) sala de cinema. Ou seja, perante uma manifesta deficiência cultural vemos um grupo de jovens associar-se e propor alternativas.

Aos seus corpos sociais e aos seus futuros associados deixo os meus votos de bom trabalho e boa sorte!

Para além desta jovem associação, existem outras no concelho, com maior ou menor intervenção, mas todas a cumprirem um papel determinante na sociedade.

A participação dos jovens no movimento associativo reforça a sua autoconfiança, promove a sua autonomia e contribui, decisivamente, para o seu desenvolvimento pessoal e social. Inerente à condição de juventude está a imaginação e o dinamismo característicos que levam ao surgimento de alternativas às normas estabelecidas e, por conseguinte, promovem o desenvolvimento. Existem vários instrumentos de apoio à constituição e ao desenvolvimento deste tipo de grupos informais de jovens para os quais, também a sociedade civil pode, e deve, contribuir através do mecenato.

Foi apresentada em Assembleia Municipal, pela bancada do PS, a proposta de criação do Conselho Municipal de Juventude a qual obteve parecer positivo de todos os partidos. Pretende-se que este Conselho dê informação à Câmara, através de consultas regulares, sobre as aspirações, problemas e necessidades da população juvenil do concelho. Espera-se que contribuam, através da apresentação de sugestões, para a definição das políticas locais de juventude pois terão um lugar privilegiado para se fazerem ouvir e ajudarem, elas próprias, a implementar estratégias. Com esta iniciativa cria-se também um espaço de diálogo e troca de experiências entre as próprias organizações e estreita-se a relação entre a câmara e os seus jovens munícipes.

Parecem claras as mais valias inerentes à constituição deste organismo. Cabe agora à Câmara Municipal dar seguimento a esta proposta através da implementação deste Conselho e esperar que tal decisão não tarde para que, desde já, se comecem a ouvir os reais interessados: os jovens.

Por: João Nuno Pinto

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