Os cerca de 27 mil portugueses que deixaram o país em 2003 são jovens, partiram para a Europa e pretendem regressar em breve, revela o Inquérito aos Movimentos Migratórios de Saída (IMMS) do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os dados divulgados na semana passada referem que no último ano emigraram 27.008 indivíduos, valor próximo ao verificado em 2002, ano em que saíram de Portugal 27.358 pessoas. Em 2003, a emigração temporária (indivíduos que se ausentaram com a intenção de permanecer no estrangeiro por um período igual ou inferior a um ano) representou 75,2 por cento e a permanente (período superior a um ano) 24,8.
Os mesmos dados indicam que, em relação a 2002, se registou um aumento de oito pontos percentuais na emigração temporária e um decréscimo do mesmo valor na permanente. Segundo o INE, no ano passado saíram do país mais homens do que mulheres, 76,3 e 23, 7 por cento respectivamente. Os países de destino da emigração portuguesa são essencialmente a França (7.399), a Suíça (4.785) e o Reino Unido (3.893), que no seu conjunto absorvem mais de 59 por cento do total da emigração. Os mesmos dados adiantam ainda que a Alemanha, a Espanha e o Luxemburgo são outros destinos da emigração portuguesa. O continente americano, que em 2002 atraía 10,4 por cento dos emigrantes portugueses, viu o seu valor baixar para 4,5 por cento. De acordo com dados do IMMS, a população que saiu do país encontrava-se em idade activa, representando mais de 45 por cento os indivíduos com idades compreendidas entre os 15 e os 29 anos. Os grupos etários 30-44 anos e 45 ou mais anos apresentam importâncias relativas semelhantes (cerca de 24 por cento), tendo o grupo dos jovens (0-14 anos) um peso de apenas seis por cento.