«Democratizar, desenvolver e evoluir» são os pontos orientadores da candidatura da CDU à Câmara da Covilhã. A lista foi apresentada na passada quarta-feira, nas Portas do Sol, e o local não foi escolhido ao acaso. «Entre 2009 e 2015 o município perdeu mais de três mil residentes e a percentagem de jovens com menos de 15 anos diminuiu muito», alertou a candidata Mónica Ramôa.
A cabeça de lista da CDU sublinhou também que «o número de empresas decresceu mais de 500 unidades», o mesmo sucedendo na «na área do alojamento e restauração, que passou de 442 para 389 unidades». Cenário que Mónica Ramôa aproveitou para lançar um farpa ao candidato do CDS-PP, Adolfo Mesquita Nunes, dizendo que, «afinal, o tal secretário de Estado não andou a tratar bem da sua terra». Por isso, se for eleita, a candidata promete «restituir às populações o acesso aos serviços públicos de qualidade, à educação, à saúde, à cultura, à proteção social, à habitação e à mobilidade». Na mira de Mónica Ramôa está também «remunicipalizar a água, introduzir ética, inclusão e igualdade de género em toda a atividade do município», tendo considerado que é necessária uma «gestão autárquica democrática».
A candidata da CDU quer também empenhar-se na captação de investimento, que só será possível com «notoriedade, tangibilidade e coesão», e por «um turismo sustentável todo o ano», além de promover a «salvaguarda» da agricultura familiar e do património natural. Mónica Ramôa afirmou ainda que vai apostar na cultura, na arte, no desporto, no ensino e na ciência, pois «só assim será possível o concelho evoluir e ser fecundo de futuros». Por outro lado, a cabeça de lista recordou que a CDU «tem estado sempre ao lado das aspirações e luta das populações». E exemplificou: «No caso do preço dos transportes públicos, devido à luta da CDU foi possível uma segunda ronda de negociações e uma melhoria na proposta final dos preços».
Nesta sessão foi apresentado o candidato à Assembleia Municipal. Trata-se de Vítor Reis Silva, que tinha liderado a lista em 2013, para quem aquele órgão autárquico «não pode ser uma caixa-de-ressonância de qualquer executivo municipal ou de qualquer governo da República». O candidato garantiu também que vai continuar a exigir à Câmara «uma gestão rigorosa face à dívida existente, que é real e tem nos eleitos do PSD, do CDS e encapotados em listas de cidadãos eleitores os principais responsáveis».
Ana Eugénia Inácio