Começa no sábado mais uma edição do Wool – Covilhã Arte Urbana, que conta com a participação de vários artistas portugueses e internacionais. Nesta quarta edição vão estar o argentino Basoletti, o espanhol DOA OA, e os portugueses Halfstudio e Third, que se vão inspirar nas características culturais, históricas, sociais e do território para colorir algumas das paredes da cidade.
A execução dos murais poderá ser acompanhada diariamente pela população, tal como aconteceu em anos anteriores, mas desta vez há novidades: «Haverá uma programação diversificada que pretende complementar e potenciar o elo de ligação entre o público, as obras e os artistas participantes», adianta a organização em comunicado. Entre as atividades previstas estão as exposições “Wool Pieces”, no hotel Pura Lã (a partir de segunda-feira), cujo objetivo é apresentar o trabalho dos artistas presentes nesta e nas anteriores edições do festival; e “Wool Meets Roubaix”, na Galeria d’A tentadora (dia 9), que apresenta a primeira fase do projeto que está a ser desenvolvido em parceria com o espaço criativo Le Non Lieu, em Roubaix (cidade francesa geminada com a Covilhã).
Do programa constam ainda as “Conversas com os artistas”, nos dias 7 e 8 (21h30), no hotel Pura Lã; o workshop de arte urbana para idosos “Lata 65” (segunda e terça-feira, das 14h30 às 17h30), no Centro de Ativ’idades; e as habituais visitas guiadas às obras do Wool. Na terça-feira (21h30) a organização vai apresentar n’A Tentadora o filme “Sky’s the limit”, de Jérôme Thomas, que inclui filmagens da edição 2015 do Wool recolhidas pelo realizador Tiago Pinheiro. A primeira semana do festival termina com um concerto de Noiserv no New Hand Lab, sendo a primeira parte assegurada pelos Colectivo Profound Whatever, que vão musicar excertos do filme “El Topo”, de Alejandro Jodorowsky.
De resto, nos dias 9 (11 e 16 horas), 10 e 11 (16 horas) haverá visitas guiadas com um custo de dois euros. O Festival de Arte Urbana termina a 17 de junho com uma caminhada pelas ruas do centro histórico da Covilhã à descoberta de todos os trabalhos que se têm realizado desde 2011. Depois de um ano de interregno, o festival conseguiu os apoios necessários junto da autarquia, do Grupo Natura IMB Hotels e das tintas CIN. Recorde-se que o Wool tem o selo de qualidade EFFE (Europe for Festivals, Festivals for Europa) por ser um «festival representativo de qualidade artística e com impacto significativo a nível local, nacional e internacional», relembra a organização.
Ana Eugénia Inácio