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Prémio Fotográfico Carlos Gil com terceira edição

Lançamento do livro “Carlos Gil – Um Fotógrafo na Revolução” assinalou arranque do concurso em Figueira de Castelo Rodrigo

O livro “Carlos Gil – Um Fotógrafo na Revolução”, obra coordenada por Daniel Gil, seu filho, e com textos de Adelino Gomes, foi apresentado no sábado em Figueira de Castelo Rodrigo, terra natal da família de um dos mais importantes fotojornalistas portugueses, falecido em 2001. A sessão de lançamento foi da responsabilidade da Junta de Freguesia local e decorreu no salão do Ginásio Clube Figueirense, que acolhe até 7 de Julho uma exposição temática. O evento assinalou também o arranque da edição 2004 do Prémio Fotográfico homónimo, subordinado ao tema “Tradições em Riba Côa”, com gratificações monetárias para os três primeiros classificados de 600, 250 e 100 euros, respectivamente. Os interessados têm até Julho para enviar os trabalhos concorrentes.

“Carlos Gil – Um Fotógrafo na Revolução” foi escolhido pela Editorial Caminho para assinalar os 30 anos da Revolução dos Cravos. Com um total de cerca de 200 fotografias, algumas organizadas em séries, distribuídas ao longo de quatro capítulos principais, o livro arranca antes da revolução, com as imagem colhidas por Carlos Gil na época da ditadura, sob o título de “O Antigamente”. Segue-se “Do 25 de Abril ao 1º de Maio”, “O PREC (Processo Revolucionário em Curso)” e “Figuras e Figurões”, onde podemos encontrar algumas das personalidades captadas nesse período pela câmara do fotógrafo, tais como Álvaro Cunhal, Ramalho Eanes, Otelo Saraiva de Carvalho, Sá Carneiro, Salazar, Américo Tomás, entre outros, e artistas como José Afonso, Fausto, Vitorino ou Barata-Moura. No final, a obra contém uma cronologia da revolução e um posfácio da autoria de Daniel Gil. Carlos Gil iniciou-se como fotojornalista em “A Capital”, mas o 25 de Abril apanhou-o na revista “Flama”, onde se manteve até 1977. Foi ainda colaborador “free-lancer” de revistas e jornais nacionais e estrangeiros como o “El País”, “Cambio 16”, “Manchete”, “Der Spiegel”, “Diário de Lisboa”, “O Jornal”, “Expresso”, “Diário de Notícias”, “Jornal de Notícias”, “Sete”, “Tal & Qual”, “O Liberal” e as revistas “Mais” (editor fotográfico 1983-5), “Sábado” e “Tempo-Livre”, do Inatel, de que foi editor fotográfico entre 1990 e 2001, ano da sua morte. O seu trabalho valeu-lhe o Prémio Gazeta de Jornalismo em 1894 e 1985 e o Prémio Ibn Al Haythem em 1996 e 1997.

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