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«O IPG é um fator absolutamente vital para o desenvolvimento da Guarda»

Constantino Rei, presidente do Instituto Politécnico da Guarda

P – Qual a relevância da educação na Guarda? E do ensino superior?

R – A educação é um direito fundamental imprescindível ao desenvolvimento de um país, mas também de cada indivíduo, É através da Educação que aprendemos a preparar-nos para a vida. Está ampla e cientificamente demonstrado que a presença do ensino superior numa cidade ou região é um fator absolutamente vital para o desenvolvimento e sustentabilidade dessa região. Basta olhar para os indicadores demográficos, sociais e económicos das cidades de Seia e Guarda para facilmente concluir da correlação desses indicadores com a presença do IPG. Estudos recentes mostram que um euros investido no ensino superior é multiplicado e devolvido à sociedade entre 3 a 8 vezes.

P – Como vê o futuro do Politécnico na Guarda?

R – Com esperança mas também preocupação: tudo temos feito para dar sustentabilidade à instituição, mas os efeitos da demografia no médio/longo prazo podem ser catastróficos se não houver políticas públicas que revertam o despovoamento do interior do país.

P – Há quem comente que o IPG continua a ter pouca relação com a cidade (a sua vida e a sua dinâmica). O que responde a essas críticas?

R – Discordo por completo e só as pode fazer quem anda distraído ou tem por ocupação a maledicência e a crítica fútil. Se algo ocorreu nos últimos anos foi a presença constante do IPG na vida da cidade, a constante disponibilidade e participação em iniciativas, projetos e atividades das empresas, instituições e sociedade civil em geral.

P – O IPG já está a ser mais acarinhado pela Guarda?

R – Não tenho dúvidas. Se assim não fosse o IPG não estaria constantemente a ser solicitado pelas empresas e instituições a com elas colaborar. E não é apenas a participação institucional, é também a presença individual dos profissionais do IPG na vida cultural, social e política da cidade e da região.

P – Em dia de aniversário da cidade, qual a prenda que gostaria que o IPG recebesse?

R – Que os poderes públicos locais nos apoiassem financeiramente a criarmos incentivos e condições para captarmos mais alunos, sobretudo internacionais, uma vez que a demografia da região não é favorável. E já agora, se outro fim não lhe querem dar, que o Governo central nos cedesse a Pousada da Juventude que há vários anos foi encerrada para ali alojarmos os muitos estudantes internacionais que começam a encontrar dificuldades nos alojamentos locais.

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