O presidente do PSD desafiou hoje o Governo a aumentar as pensões no início do próximo ano, em vez de o fazer em agosto, perto das eleições autárquicas de 2017.
«O Governo que diga quanto é que tem para aumentar as pensões, dentro dos equilíbrios delicados que atingiu. Mas o que quer que tenha para aumentar as pensões abaixo de 628 euros por mês, estamos a falar, portanto, de pensões baixas, que distribua esse dinheiro que tem para o aumento das pensões de uma forma equitativa, para todos, a partir de 1 de janeiro, não é em agosto», afirmou Pedro Passos Coelho na Guarda.
O líder social-democrata falava na sessão de encerramento da IIIª Academia do Poder Local, organizada pelo PSD e pelos Autarcas Social-Democratas (ASD). Ainda a propósito do anunciado aumento das pensões, questionou ainda, no seu discurso: «Por que é que é em agosto? Daqui até agosto não há dinheiro para pagar? O Estado só vai ter dinheiro para pagar em agosto?».
«Está bem à vista de todos que em agosto estamos na véspera da campanha eleitoral e que o Governo faz contas de cabeça com a sua maioria. Vamos dividir a democracia pelos seus beneficiários. Quantos são os pensionistas, quantos são os servidos do Estado? Podemos-lhes dar mais qualquer coisinha para a eleição? Vamos dar», disse, lembrando que «foi assim em 2009, não é novo».
«Podem fazê-lo, mas fica-lhes mal. Disse ontem [sábado] e repito, eu teria vergonha de ter este comportamento democrático», acrescentou Passos Coelho. Na sua intervenção falou também das várias propostas que o PSD apresentou ao Orçamento do Estado para 2017 em matérias como a descentralização, a Segurança Social e o crescimento económico.