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Despedimento coletivo na CIMD

Empresa de componentes para relojoaria dispensou 42 trabalhadores em consequência da «queda abrupta do mercado».

Quarenta e dois trabalhadores de um total de 100 foram despedidos da CIMD – Companhia Industrial de Materiais Duros, S.A, empresa localizada do Fundão que desenvolve atividade na área da relojoaria.

A medida foi anunciada na quinta-feira e este despedimento coletivo foi a única solução encontrada «para manter os postos de trabalho para a maioria dos colaboradores», disse a empresa em comunicado, explicando que «somente desta forma se mantêm os restantes postos de trabalho e se salvaguarda a perenidade da empresa». «A queda abrupta do mercado» foi a justificação apresentada para esta decisão. No mesmo comunicado a empresa faz referência à «conjuntura complicada que a relojoaria suíça atravessa» e acrescenta que «as grandes marcas têm vindo a dispensar colaboradores e fornecedores».

Os responsáveis da CIMD asseguram ainda que trabalharam «no sentido de manter a carteira de encomendas e clientes», mas adiantam que a empresa «não está imune às condições do mercado e com a queda tão abrupta do mercado também foi atingida». A CIMD é uma empresa com capital francês e desenvolve atividades na área da relojoaria, no fabrico de componentes para esta indústria e também numa nova área denominada UMD, onde são fabricadas peças de média precisão destinadas a diversos tipos de indústria. Há cerca de três anos a empresa celebrou um acordo com a Câmara do Fundão que levou à mudança da empresa para novas e requalificadas instalações, na antiga fábrica de confeções ERES. O acordo mantém-se «inalterado» garantiram os responsáveis.

Contactado por O INTERIOR, Paulo Fernandes, presidente do município, lamenta a despedimento coletivo, mas compreende que se deva a uma «alteração do mercado mundial» e «é natural que a empresa vá ajustando o funcionamento de acordo com o mercado». O autarca está confiante que será «apenas uma fase», pois a CIMD «está a trabalhar em novos projetos direcionados para outras áreas dentro da indústria de luxo», pelo que não tem dúvidas que «o mercado vai melhorar». Nessa altura será possível voltar a contratar os funcionários agora despedidos, pois a empresa já deixou a garantia de que «quando estivermos recuperados da situação, também iremos recuperar muitos deles».

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