Já com o regresso à 1ª divisão distrital traçado, o Aguiar da Beira deslocou-se a Penalva do Castelo para disputar o último jogo, com vontade de praticar bom futebol e marcar golos. O bom futebol, de facto, aconteceu, mas golos, só mesmo o de Tino na própria baliza.
O Penalva entrou muito bem no jogo e, até aos 15’, praticou bom futebol, dispondo de duas oportunidades para marcar, mas os dianteiros, à boca da baliza, falharam, com o esférico a sair ao lado das redes de Filipe. Depois, o Aguiar começou a subir de rendimento, e por muitas ocasiões incomodou a baliza de Nuno, tendo até, durante muito tempo, controlado o adversário, com boas jogadas, criando muito perigo no último reduto da equipa caseira, mas na hora do remate, o guardião Nuno e os seus companheiros defensivos resolveram a situação. Assim, um pouco contra a maré, aos 43’ surgiu o primeiro golo, por Tó Jó, a corresponder muito bem à marcação de um canto de Vaz Pinto, com a bola a ir direitinha à cabeça do avançado, que não deu hipótese a Filipe.
No reatamento, a equipa de Carlos Agostinho, entrou com outra postura e brindou o muito público presente com uma boa exibição e com mais golos, um deles com a ajuda de Tino, que aos 54’ ao tentar desviar a bola do perigo, cabeceou e introduziu o esférico na própria baliza, num lance de infelicidade. Os dois restantes golos do Penalva surgiram devido a erros defensivos dos defesas aguiarenses. Aos 57’, por Tó Jó a bisar, que liberto de marcação, num livre marcado por Sanussi, meteu a cabeça e Filipe nada pôde fazer. A fechar a contagem, com mais um erro da defesa do Aguiar, aos 85’, Egipto aproveitou a confusão e o atrapalhamento dos visitantes, com muitas cerimónias para despachar a bola, para encostar o pé e fixar o resultado.
A arbitragem vinda do Porto fez um trabalho razoável, com o juiz Rui Santos a falhar muito em termos técnicos. Quanto ao futuro do Aguiar da Beira, nada está ainda definido, já que irá realizar-se uma assembleia geral, no próximo mês. Definida está a posição do treinador Totá que não irá continuar a treinar a equipa aguiarense, embora vá continuar a ser treinador. Quanto ao chefe do departamento de futebol, Joaquim Bonifácio, depois de 15 anos a servir o clube aguiarense também não vai continuar a exercer as suas funções, confessando que já se sente cansado. Contudo, não coloca de lado a hipótese de continuar a ajudar e a colaborar, caso seja essa a vontade da futura direcção, pois não seria justo da sua parte virar costas a uma associação que lhe está no coração, mas não com estatuto vinculativo.
Pedro Sousa