Mais de quatro meses (4,02) foi a mediana do tempo de espera que um utente teve pela frente, no último ano, quando inscrito para cirurgia na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.
Este número faz desta unidade a pior de toda a região Centro no ano de 2015, segundo o “Relatório síntese da atividade cirúrgica programada” divulgado na semana passada pelo Ministério da Saúde. Já no Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB), no ano transato, o tempo de espera para cirurgia foi de 3,13 meses e na ULS de Castelo Branco ainda menor, 2,60 meses. No entanto a ULS da Guarda é das três unidades de saúde da região a que mais pessoas operou no ano transato. De acordo com o relatório, em 2015 registaram-se 6.304 entradas e foram operados 5.012 utentes. Em lista de espera encontravam-se 2.382 utentes. Por sua vez na Covilhã entraram para a lista 5.135 pessoas e foram intervencionados 4.181. A lista de espera ficou-se pelos 1.478.
Olhando para a ULS de Castelo Branco, registou 4.497, e foram operados em 2015 4.033. Há espera de uma cirurgia estavam 1.209 utentes. O mesmo documento disponibiliza ainda os dados sobre a percentagem de inscritos em lista de espera para cirurgia que ultrapassaram os tempos máximos de resposta. Neste caso a Guarda registou 18,6 por cento, enquanto na Covilhã foram 6,8 por cento e em Castelo Branco registaram-se 18,8 por cento. De um ponto de vista global, a mediana do tempo de espera para cirurgia fixou-se nos 3,10 meses, sendo nos hospitais da região Centro ligeiramente inferior, 3,03 meses. É na especialidade de Ginecologia/Obstetrícia que os utentes esperam menos tempo, 1,93 meses. No ano passado foram realizadas 48.887 cirurgias e os doentes de Neurocirurgia foram os que mais tiveram de esperar para ser operados, 4,68 meses, com um total de 10.626 cirurgias realizadas em 2015.