Autarcas, empresários, operadores turísticos e outros intervenientes defenderam hoje a necessidade de se criar uma alternativa aos acessos rodoviários para o maciço central da Serra da Estrela, designadamente com a aposta em meios mecânicos, como as telecabines ou os teleféricos.
A reivindicação foi apresentada durante o debate organizado esta manhã pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) com o objetivo de analisar a problemática dos acessos à Torre quando neva.
Sublinhando que nunca deve ser posta em causa a segurança e que a Serra da Estrela tem efetivamente particularidades a ter em conta, nomeadamente a proximidade da costa Atlântica que faz com que a neve gele mais rapidamente, os autarcas também defenderam que se deve apostar no projeto das telecabines para resolver esse problema.
«A solução dos meios mecânicos tem de ser levada em consideração porque é a que melhor resposta pode dar e é também a que reúne mais vontades», sublinhou o presidente da Câmara de Seia, Filipe Camelo.
De resto, a Turistrela – empresa concessionária do Turismo da Serra da Estrela – aproveitou a sessão para apresentar um projeto que prevê exatamente a implementação de três telecabines de ligação à Torre.
O projeto, que em termos globais ultrapassará um investimento de cerca de 35 milhões de euros (a realizar faseadamente), prevê uma telecabine na zona do Covão do Ferro (perto da Nave de Santo António), outra na zona da Lagoa Comprida e outra a partir de Alvoco da Serra.