Luís Baptista-Martins, director do jornal “O Interior”, foi o convidado da conferência sobre “A imprensa regional no contexto da globalização” realizada na quinta-feira da semana passada na Escola Superior de Educação (ESE) do Instituto Politécnico da Guarda. No final da sua apresentação, o director do semanário, que nasceu inserido numa «contextualização regional Covilhã/Guarda», falou sobre diversos aspectos da dinâmica da sua publicação aos muitos alunos presentes. Luís Baptista-Martins alertou para o «problema» da área abrangida pelo “O Interior” apresentar «altos índices de analfabetismo e iletracia». Foi ainda realçado o «jornalismo cívico», de que o jornal que faz parte da “Rede Expresso” é «um dos melhores exemplos» no país, garante. Entre os muitos trabalhos feitos, inseridos naquele tipo de jornalismo que privilegia a «dinâmica de causa e de intervenção», foram destacados alguns exemplos como os dois debates sobre as eleições autárquicas e as Comunidades Urbanas, a festa do livro e os trabalhos sobre os Centros Históricos da Guarda e da Covilhã. Neste sentido, Luís Baptista-Martins sublinhou que, enquanto director de um jornal, deseja «contribuir para a melhoria da qualidade de vida» da comunidade onde está inserido. Presentes na conferência, estiveram ainda os professores Lima Garcia, José Carlos Alexandre e António Pissarra, simultaneamente director do jornal “Nova Guarda”. Pissarra não deixou de tecer alguns elogios ao “O Interior”, sublinhando o Prémio Gazeta que o jornal ganhou. O docente acrescentou ainda que o novo órgão de comunicação social «trouxe coisas diferentes ao jornalismo regional», mas as «dificuldades são comuns e muitas». Por sua vez, José Carlos Alexandre considerou que «cada vez mais, o regional e o global caminham paralelamente», tendo em conta que as notícias podem ser globais, mas são recebidas localmente. No final, o professor Lima Garcia pediu «um maior contacto dos órgãos de comunicação social com o meio envolvente».