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Habitantes do Bairro da Fraternidade não concordam com reabilitação

Moradores falam em problemas de humidade, excesso de calor e da presença de ratos nas habitações

Os moradores do Bairro da Fraternidade, zona degradada da Guarda, consideram que a reabilitação das moradias, que vai ser levada a cabo pela Câmara da Guarda e pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), não é suficiente.

Os habitantes queixam-se da falta de condições das casas, afirmando que «precisamos de casas novas e não de obras nas já existentes, para termos algum conforto». Ao que O INTERIOR apurou algumas habitações possuem apenas um quarto, uma cozinha e uma casa de banho. Segundo os moradores, que não quiseram ser identificados, há famílias de quatro ou cinco pessoas a viverem em habitações só com um quarto, onde dormem todos no mesmo colchão. Além disso, os moradores falam em problemas de humidade durante o inverno, do excesso de calor no verão e ainda da presença de ratos. De acordo com residentes, «algumas pessoas já apanharam doenças devido às más condições». Mencionam ainda a «falta de contentores de lixo no bairro». Para os habitantes, «é desnecessário» investirem em moradias que se encontram em condições «miseráveis». Alguns afirmam mesmo que «preferiam pagar uma renda mínima e ter uma casa nova do que continuar no mesmo estado».

O protocolo entre as duas entidades foi assinado na semana passada e consiste na recuperação de 22 casas, na requalificação de arruamentos e na valorização urbana de um bairro social construído para acolher os portugueses vindos das ex-colónias.

De relembrar que Álvaro Amaro, presidente da autarquia, já tinha anunciado, no final de uma reunião de Câmara na semana passada, que foi proposto ao IHRU a construção de casas novas e que não vai desistir desse objetivo. No entanto, o projeto de reabilitação só deverá estar concluído daqui a três anos.

Patrícia Garrido Há famílias de quatro ou cinco pessoas a viverem em habitações com um quarto

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