Arquivo

«O IPG poderia criar um fundo para que os estudantes não ficassem dependentes dos atrasos nas bolsas»

Cara a Cara – Nuno Martins Pereira

P – Porque razão houve novas eleições seis meses depois da última direção ter sido eleita?

R – A última direção foi eleita no mês de junho de 2015, apenas tomou posse a 8 de outubro, dado que os estudantes entraram em férias escolares e a melhor opção foi a tomada de posse ser no início do ano letivo.

P – Era membro da direção anterior, isto quer dizer que é um mandato de continuidade?

R – Sim, por um lado é um mandato de continuidade, por outro há várias coisas que pretendo mudar juntamente com a minha equipa. Quero aproveitar o que de bom foi realizado e retificar o que não correu da melhor forma.

P – Qual a situação financeira atual da Associação Académica da Guarda?

R – A atual direção da Associação teve que contornar algumas situações menos positivas que ficaram do mandato de Sérgio Machado. Neste momento a situação não é a ideal, mas contamos contornar os obstáculos e deixar a Associação com saúde financeira, tal como já aconteceu num passado recente.

P – Quais os principais objetivos para este mandato?

R – Passam por aproximar os alunos do Instituto Politécnico da Guarda da sua Associação Académica, independentemente das suas ideologias, envolvendo-os em todas as atividades que vamos realizar ao longo do mandato, abrindo espaço a novas ideias; fomentar as boas relações da AAG com o IPG, bem como com a Câmara Municipal, de modo a que juntos trabalhemos por um futuro melhor para a cidade e para os estudantes. Queremos ainda colocar a associação em contacto direto com todas as outras associações académicas e de estudantes do resto do país, mantendo a ligação estabelecida recentemente com a FNAEESP. Tornar o bar “Bacalhau” novamente uma referência para os estudantes, para que se identifiquem com o mesmo, sintam que é a sua casa tanto nas atividades diurnas como noturnas e fazer do nosso auditório um local de seleção para diversas atividades são outros projetos. A AAG tem a obrigação de organizar atividades culturais que elevem o saber dos estudantes, para que não pensem que existimos só para organizar festas académicas. Claro que não podemos descurar a Semana Académica, a Semana do Caloiro e o Carnival Summer Sessions, festas que já têm grande tradição na Guarda.

P – Que motivos o levaram a candidatar-se?

R – Foram vários, se bem que foi uma decisão tomada conscientemente e a algumas semanas da Assembleia Geral de Alunos que iria aprovar o calendário e regulamento eleitoral. Candidatei-me porque entendo que, depois de passar por vários cargos nesta associação que sempre defendi e defendo, tinha chegado a hora de tomar as rédeas da AAG e ter em cima dos ombros a responsabilidade de gerir esta associação que sempre me recebeu tão bem.

Depois, a responsabilidade e capacidade que fui aprendendo com antigos dirigentes, como Marco Loureiro, Márcio Moreira, Diogo Seco, André Barra, etc, pessoas que me ajudaram, que sempre me indicaram os caminhos a seguir e assim chegar a esta altura da minha vida e avançar com uma lista própria às eleições da AAG. Finalmente, não queria deixar de mostrar aquilo que serei capaz de fazer pela nossa associação, juntamente com a equipa que reuni e que espero esteja disposta a trabalhar e a mostrar aos estudantes do IPG que estamos cá para eles das mais diversas formas.

P – Como vê o atual momento do IPG?

R – Sinceramente aquilo que me preocupa será mais a situação dos estudantes carenciados e que vivem das bolsas, pois o que se tem verificado nos últimos anos é que as bolsas começam a ser entregues só em dezembro/janeiro, coisa que não pode acontecer e que não estou de acordo e lutarei para que os alunos possam ter dinheiro para as suas despesas na cidade da Guarda. O IPG poderia criar um fundo monetário para que os estudantes não ficassem dependentes dos atrasos orçamentais, funcionado o IPG como financiador das bolsas em atraso que depois seriam repostas ao Politécnico. Em termos de matrículas, nos últimos dois anos o IPG tem tido mais alunos, o que me deixa bastante satisfeito, mas não completamente, pois entendo que mais deve ser feito. O IPG deve fazer uma maior divulgação dos seus cursos, principalmente a nível distrital, e da sua oferta formativa a todos os níveis, pois as escolas secundárias devem visitar as escolas do IPG para perceberem de forma direta como podemos ser um Instituto de eleição.

Perfil:

Presidente da Associação Académica da Guarda

Idade: 30 anos

Profissão: Estudante

Currículo: Licenciatura em Farmácia, mestrado em Educação Pré-escolar e ensino do 1º Ciclo – 2013/2016, mestrado em Ensino do 1º e 2º CEB, licenciatura em Ensino do 1º CEB, presidente do Núcleo de Estudantes de Farmácia da Associação de Estudantes da Escola Superior de Saúde da Guarda, vice-presidente Geral da Associação Académica da Guarda, membro do Conselho Pedagógico da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Comissão de Melhoramentos da Carrapichana, membro do Conselho Geral do Instituto Politécnico da Guarda, presidente da Mesa da Assembleia Geral de Alunos da Associação Académica da Guarda e secretário do Conselho Pedagógico da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda, presidente do Núcleo de Estudantes do Curso de Professores do 1º CEB e diretor do Departamento de Politica Educativa e Pedagógico da AAG.

Naturalidade: Carrapichana (Celorico da Beira)

Filme preferido: “A jovem Rainha Vitória”

Livro preferido: “Episódios da Monarquia Portuguesa”

Hobbies: Cinema, caminhar, viajar.

Nuno Martins Pereira

Sobre o autor

Leave a Reply