As “Fortalezas Abaluartadas da Raia”, das quais fazem parte Almeida, estão entre os 22 candidatos portugueses a Património da UNESCO. O Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgou no início da semana a lista indicativa portuguesa, onde também constam propostas como os caminhos de peregrinação a Santiago de Compostela, as obras do arquiteto Siza Vieira, as levadas da Madeira, entre outras. Portugal é um dos países com maior número de bens classificados como Património Mundial, 15 no total, o que lhe garante um lugar no top 20 da UNESCO. Entre os já inscritos estão o Vale do Côa e o Alto Douro Vinhateiro, também na região. O pedido de inscrição das “Fortalezas Abaluartadas da Raia” na Lista Indicativa de Portugal já tinha acontecido em janeiro. Na altura, os representantes dos quatro municípios assinaram a “Declaração de Almeida”, que sustenta a importância deste património e da respetiva candidatura.
No documento, os proponentes comprometiam-se a prosseguir «os esforços para o sucesso da conclusão do processo de classificação pela UNESCO, como Património Mundial, da Série Internacional dos Bens das “Fortalezas Abaluartadas da Raia”». A antiga praça-forte de Almeida, localizada perto da linha de fronteira com Espanha, é considerada uma joia da arquitetura militar abaluartada da Península Ibérica. De forma hexagonal e rodeada por um fosso, a fortaleza foi construída nos séculos XVII e XVIII. A lista divulgada na segunda-feira é já uma revisão, iniciada em 2013, de uma outra datada de 2004, realizada pela Comissão Nacional da UNESCO.
A nova lista indicativa será agora remetida ao Centro do Património Mundial da UNESCO para aprovação pelo Comité do Património Mundial e futura disponibilização no competente local eletrónico da Organização, substituindo a lista anterior e estabelecendo um novo quadro de referência para a apresentação de candidaturas portuguesas à Lista do Património Mundial.
Atualmente há 1.641 bens, de 175 estados, candidatos Património Mundial da UNESCO.