A etapa “rainha” da Volta a Portugal em bicicleta vai ter duas passagens pelo alto da Torre, mas acabará na Guarda, depois de 173,7 quilómetros de “sobe e desce” a partir de Belmonte.
Apresentada na passada quinta-feira, na Guarda, a sexta etapa da 78ª edição Volta não terá final no ponto mais alto de Portugal continental (1.993 metros), o que acontece pela primeira vez desde 2006. A 3 de agosto o pelotão vai partir de Belmonte rumo à Covilhã e à duríssima subida das Penhas da Saúde, por onde vai escalar pela primeira vez à contagem de categoria especial instalada na Torre, ao quilómetro 44,7. Depois do esforço da subida os ciclistas descem para a Lagoa Comprida, seguem por Seia, de onde voltam a trepar a serra pelo Sabugueiro até passar novamente na Torre, que terá uma contagem de Montanha Especial. O percurso ruma depois aos Piornos e a Manteigas para entrar no concelho da Guarda por Valhelhas e Famalicão, passando ainda pela zona da Barragem do Caldeirão, num troço considerado muito técnico pela organização. A etapa termina no largo General Humberto Delgado, na cidade mais alta de Portugal.
A Volta começa a 27 de julho e termina a 7 de agosto, em Lisboa. O diretor da prova, Joaquim Gomes, considerou que a ausência de um final na Torre «não retira mística» à competição. «A etapa “rainha” identifica-se em pleno com a fantástica região da Serra da Estrela e vai ser uma das mais exigentes etapas que alguma vez se colocou na estrada na Volta a Portugal», acrescentou o responsável. Por sua vez, o presidente da Câmara da Guarda, Álvaro Amaro, realçou que o pelotão vai passar pelo «meio rural» do concelho, pelas freguesias de Valhelhas, Famalicão da Serra, Fernão Joanes, Meios, Trinta, Corujeira e Maçainhas. Já o autarca de Belmonte, António Dias Rocha, disse ter um «orgulho muito grande» por a etapa “rainha” começar no seu concelho.