Numa tarde nada propícia à pratica de bom futebol, o Ginásio Figueirense tudo fez para garantir mais três preciosos pontos num jogo complicado e tornado ainda mais difícil dadas as condições climatéricas tão adversas – ventos fortes e muito frio – e uma equipa a jogar na “retranca” para não perder. Apesar de, a bem da verdade desportiva, já termos visto muito mais e melhor à equipa medense.
O Ginásio alcançou o golo já em tempo de descontos, quando estavam decorridos 94’, após um cruzamento milimétrico para o coração da área, com Silva a desferir uma cabeçada forte e colocada sem hipótese de defesa para Paulo Jesus, o guardião adversário. Foi ao “cair do pano” mas podia ter sido antes, só que, uma vez mais, os homens de Figueira de Castelo Rodrigo mostraram apetência pelo “ferro”. Aliás, e em jeito de brincadeira, alguém dizia nas bancadas que a Associação de Futebol da Guarda devia instituir um prémio para entregar à equipa que mais remates efectua à barra e aos postes. É que o vencedor estava encontrado e seria por certo o Ginásio Figueirense, que, diga-se em abono da verdade, possui um forte ataque, muito concretizador (os números falam por si), mas igualmente algo perdulário e com falhanços por vezes incríveis. A história deste jogo resume-se ao golo e a pouco mais, já que a partida foi pobre, fraca e com muito anti-jogo… Do vento e do adversário, com o trio de arbitragem a pactuar um pouco com esta situação, pelo que o tempo de compensação dado no final dos 90 minutos acaba até por ser escasso. E foram quase mais dez minutos! Enfim, o Ginásio cumpriu a obrigação de ganhar, clube que mais uma vez – e salvo uma reviravolta muito grande – acabará por “morrer na praia” no que às suas pretensões dizem respeito, agora que já só faltam dois jogos para o fim do campeonato.
Carlos Coelho