O Sporting da Covilhã perdeu no passado domingo com o Marco e disse adeus à Liga de Honra. Os serranos entraram com poucas esperanças em campo e acabaram por confirmar, em termos desportivos, a descida à IIª Divisão B. Falta agora saber se a descida será mesmo consumada, já que alguns clubes estão em risco de despromoção devido a problemas de tesouraria.
Quanto ao encontro, os serranos apresentaram algumas novidades na equipa, ficando Trindade, Tarantini e Gerson no banco de suplentes. Alterações que não trouxeram nada à equipa, que entrou muito mal no jogo, dando a iniciativa ao Marco, conjunto que vinha à Covilhã procurar os três pontos para ainda poder sonhar com a manutenção. Os “Leões da Serra” pareciam adormecidos em campo e os visitantes aproveitaram para inaugurar o marcador à passagem dos 11’. Lançamento de Lékué para a frente de ataque, com Piguita e Nélson a ficarem à espera um do outro, desentendimento que Jurandir aproveitou para inaugurar o marcador. A equipa treinada por João Cavaleiro não respondeu e dez minutos depois o Marco ampliou a vantagem. Ico teve uma boa jogada individual e do meio da “rua” disparou forte, surpreendendo Celso, que pareceu mal batido. Mesmo com duas alterações feitas por João Cavaleiro, os serranos não conseguiam praticar futebol e criar perigo junto à baliza marcoense. A única oportunidade da primeira parte surgiu por intermédio de Oseias, que rematou de cabeça à trave.
No segundo tempo, a equipa serrana entrou com o “fato-macaco” e começou a encostar o Marco à sua grande área. Aí apareceu o guardião Lékué, que, aos 56’, protagonizou uma defesa quase impossível em resposta a um cabeceamento de Oseias. Mas dois minutos volvidos, o guardião não conseguiu segurar o remate de Hermes, que ainda beneficiou de um desvio de Edgar. O Marco sentiu o toque e começou de novo a pegar no jogo, com Bruno Sousa a rematar ao poste aos 68’. O encontro estava no seu melhor período e aos 73’ Oseias rematou para golo, mas Lékué teve outra intervenção de grande mérito. A última oportunidade para os serranos surgiu dos pés de Tarantini, só que o remate do jovem avançado bateu nas malhas laterais quando todos já gritavam golo no Santos Pinto.
João Cavaleiro afirmou no final do encontro que o Covilhã «apenas jogou no segundo tempo» e que a equipa vai manter o mesmo «brio profissional» até ao fim. Já Mário Reis, técnico do Marco, sublinhou que a vitória da sua equipa foi «justíssima», num desafio que teve «duas partes distintas».
Francisco Carvalho/Rádio da Covilhã