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“Leão da serra” rugiu em Braga e deixou Feirense para trás

Equipa de Francisco Chaló esteve a vencer por 2-0 em superioridade numérica mas acabou jogo remetida à defesa

O Sporting da Covilhã arrancou no último domingo um triunfo bastante sofrido na deslocação ao terreno do Sporting de Braga B e ascendeu ao terceiro lugar da IIª Liga, na companhia do Sporting B, que não pode subir. Para trás ficou o Feirense, precisamente o adversário do próximo domingo, que foi derrotado em casa pelo Beira-Mar e passou a ter menos um ponto que a equipa de Francisco Chaló. Assim, quando faltam cinco jornadas para o final, os “leões da serra” estão a dois pontos do Desportivo de Chaves e a oito do líder Tondela.

Com o goleador Erivelto no banco, o Covilhã contou com o apoio de cerca de 300 adeptos que viajaram em cinco autocarros. A primeira “explosão” de alegria dos serranos ocorreu aos 18’, quando, na sequência de um livre batido por Zé Tiago na direita, Edgar foi mais lesto que um defesa contrário e atirou para a baliza. Numa primeira parte mal jogada de ambos os lados, a jovem formação bracarense não criou uma verdadeira oportunidade de perigo. Já os visitantes, mesmo em cima do intervalo, beneficiaram de um livre indireto na grande área dos locais, que colocaram todos os jogadores em cima da linha de golo, pelo que o remate de Zé Tiago acabou travado por essa “barreira”. A segunda parte foi claramente mais bem disputada, com a equipa da casa a entrar mais dominadora, enquanto o Covilhã passou a apostar no contra-ataque.

Uma estratégia que deu frutos aos 66’, quando o árbitro assinalou penálti após uma disputa de bola entre o recém-entrado Kizito e Vukcevic, que viu o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho. Traquina enganou o guardião contrário e fez o 0-2, para gáudio das hostes serranas. A vencer por dois golos de vantagem, e com mais um homem em campo, o Covilhã tinha as condições ideais para ter um final de jogo descansado. Contudo, não foi isso que aconteceu e, após várias substituições, o Braga B melhorou bastante criando bastantes problemas à defesa contrária. O primeiro aviso sério aconteceu aos 76’, quando Djikiné cometeu falta sobre Erivaldo na área e o árbitro não hesitou em apontar novo penálti e expulsar o médio serrano, que viu dois amarelos no espaço de 17 minutos. Taborda adivinhou o lado para onde Fábio Martins rematou e fez uma grande parada, mantendo a sua baliza inviolável.

Mas cinco minutos depois, Fábio Martins marcou mesmo. O extremo bracarense apareceu isolado frente a Taborda e desta vez não falhou. Os locais intensificaram a pressão nos últimos minutos com o Covilhã praticamente a não sair do seu meio-campo, mas conseguiu segurar os três pontos. No final, Francisco Chaló elogiou os «75 minutos de brilhantismo» do Covilhã perante uma «equipa extraordinária», lamentando o último quarto de hora em que «acabámos por sofrer um pouco mais do que o esperado». Quanto à luta pela subida, o técnico serrano advertiu que «ainda não ganhámos nada» mas «vamos continuar esta luta desigual em termos orçamentais».

Ricardo Cordeiro Equipa serrana contou com uma grande falange de apoio na capital do Minho

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