«Metes nojo ao povo». Foi com estas palavras de ordem que um pequeno grupo de jovens que se encontrava a assistir ao debate parlamentar desta tarde na Assembleia da República se levantou em protesto contra o primeiro-ministro.
O grupo gritou ainda «demissão» antes de Assunção Esteves pedir ordem e mandar a PSP retirar os protestantes das galerias. O incidente aconteceu quando Passos Coelho se preparava para responder a Ferro Rodrigues sobre a sua situação contributiva. Antes, o chefe do Governo garantiu que não tem «nenhuma situação por regularizar» quer no plano contributivo quer fiscal e voltou a admitir «falhas».
«Lamento profundamente não ter tido consciência dessas obrigações», disse Passos Pedro Coelho, referindo-se à dívida que acumulou durante cinco anos à Segurança Social. O chefe do Executivo lembrou ter sido ele a tentar resolver a situação, «não esperando que ninguém chamasse à atenção» e pediu à oposição que não faça ao «cidadão Pedro Passos Coellho e ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho» esclarecimentos que não pode dar porque competem a outras entidades.
O primeiro-ministro disse ainda que não permite que «a coberto desse escrutínio” da sua situação contributiva «se queira fazer manipulação política» e reiterou que já deu as devidas explicações sobre o assunto.