A ampliação do parque eólico de Penamacor 3B contestada pela população de Malcata (Sabugal) teve uma declaração de impacte ambiental favorável condicionada «porque o seu prosseguimento depende da verificação das condições ambientais que estavam definidas nessa declaração», afirma o ministro do Ambiente.
De passagem por Pinhel na passada sexta-feira, onde inaugurou a 20ª edição da Feira das Tradições, Jorge Moreira da Silva declarou aos jornalistas que a tutela está a acompanhar o projeto. «A informação que tenho é que tudo o que estava na declaração de impacte ambiental está a ser avaliado de uma forma muito minuciosa pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) com uma grande exigência», sendo ainda acompanhado «de perto» pelo secretário de Estado do Ambiente, acrescentou o governante. O ministro afirmou ainda que «resta-me aguardar que as populações e o Estado, a APA e a autarquia possam chegar à mesma conclusão quanto à adesão daquilo que estava previsto na declaração de impacte ambiental com aquilo que na prática está a acontecer». De resto, Moreira da Silva referiu ter «muito interesse» no tema e realçou a importância dos cidadãos no papel de «provedoria», garantindo que não há nenhum protesto que chegue ao seu ministério «que não seja avaliado».
Em dezembro, o movimento Malcata Pro-Futuro apresentou uma queixa à Comissão Europeia contra o Estado português pela ausência de resposta das autoridades oficiais e anunciou recentemente que vai avançar com uma ação popular administrativa para tentar travar a ampliação do parque eólico. Os populares contestam a localização dos pontos de medição do ruído e «fragilidades» da DIA (Declaração de Impacto Ambiental) emitida pela APA. Atualmente com 19 aerogeradores, o projeto implica a construção de mais seis torres nas freguesias de Malcata (Sabugal) e Meimão (Penamacor).