A similaridade existente entre o “modus operandi” de membros de partidos políticos, nomeados para a Direcção de Instituições Públicas por este governo , e o ciclo de vida do “pediculus capitis”, o vulgar piolho, é gritante. Para contextualizar esta evidência melhor exemplo não há, do que o do Director Clínico do Hospital de Sousa Martins.
A acção esperada, de liderança, representação e coordenação da actividade dos seus supostos pares, os clínicos, tem sido um fiasco, pois desde os primórdios do mandato, serve a sua causa mediática e política tendo como cenário de promoção o Hospital de Sousa Martins. Negoceia, impunemente, o destino dos Serviços Clínicos do Hospital da Guarda com a UBI-Covilhã, porção da crosta terrestre onde nasceu. (…) Tal como o piolho que salta para as cabeças possíveis, eruditas ou néscias, infestando à superfície pois não tem capacidade para ir mais longe, cuida da sua preservação natural.
Quanto às vítimas desta militância mediática e partidária, dentro das portas de uma Instituição Pública de Saúde (no ciclo de vida do piolho chama-se sobrevivência), contam-se, na primeira linha, os clínicos e demais funcionários da saúde que doaram a esta instituição, ao longo de muitos anos, toda a sua competência e dedicação e que são frequentemente expropriados do respeito que merecem por um dos seus representantes. Em segundo lugar, contam-se os utentes , alheios a esta infestação, e que esperam naturalmente uma oferta de cuidados diferenciados e que estão, lamentavelmente, e frequentemente, na dúvida de os não terem.
Tal como o vulgar piolho, o dito Director Clínico, nunca vai receber qualquer louvor dos médicos do Hospital de Sousa Martins onde apostou ser importante, apesar do marketing científico, que construiu à sua volta, nos jornais e nas rádios locais e na TV (e apesar do esforço para vestir bata branca nas entrevistas à TVI).
É claro que existem diferenças brutais entre o piolho e o Dr. José Cunha. É humanamente impossível reproduzir-se aos milhares bem como ser afastado de um cargo de responsabilidade com Desintan ou outro anti-parasitário. É lamentável que seja necessário evidenciar num Director Clínico, qualidades de um ser prejudicial à saúde, isto é, aquilo que todo o Médico foi ensinado a não ser.
Demitam-no!!!! Não faz falta no H. de Sousa Martins.
Paula Fonseca – Médica