Mais uma vez o Fornos de Algodres não conseguiu vencer em casa. Frente ao União de Coimbra, em que até estiveram a vencer por duas bolas a zero, os fornenses deitaram tudo a perder com duas imperdoáveis falhas defensivas. Erros que mancharam uma exibição de bom nível da equipa da casa, que se apresentou na sua máxima força, à excepção de David, lesionado, e de Oliveira, por opção.
O Fornos começou por trocar bem a bola, mas a sua tarefa foi dificultada pelo trabalho do União de Coimbra que defendeu a toda a largura do terreno. Aos 19’, Bártolo realizou um excelente cruzamento para Cédric, que entregou para Ima fazer o primeiro golo fornense. Os locais continuaram a carregar, mas a defensiva forasteira, sempre atenta, foi evitando males maiores. Aos 36’, os homens de António Flávio voltaram a criar perigo, após Bártolo centrar para a cabeça de Ima e este obrigar Joca a defesa difícil. Era o “pressing” da equipa da casa, onde se destacou Ima, um autêntico “perigo à solta” para os conimbricenses. Pouco depois, o avançado guineense serviu Cédric, mas o seu remate foi desviado para fora pelo central Ricardo Freixo. Os locais eram mais esclarecidos e chegaram ao intervalo a vencer sem contestação. Contudo, as surpresas estavam reservadas para a segunda metade. O Fornos de Algodres continuou a mandar na partida, mas as oportunidades criadas não foram convertidas em golo, até que aos 68’ Ima voltou a marcar, após um passe do recém-entrado Paulo Silva.
Tudo parecia fácil para a equipa da casa, só que o União de Coimbra não estava a dormir e António Cortesão reforçou o ataque. O Fornos, por sua vez, continuava a desperdiçar oportunidades, com Faneca I a falhar um chapéu por pouco. Na resposta, a defensiva fornense deu imensos espaços aos atacantes conimbricenses e numa bola fácil de interceptar o corte saiu deficiente, permitindo a Pedro Matos aproveitar para marcar de fora da área. Os pupilos de Flávio continuaram a desperdiçar oportunidades para “matar o jogo”, como aos 78’, com Ima a rematar à barra quando estava frente a Joca. O pior aconteceu aos 87’. Roxo interceptou uma bola da área e, perante as facilidades concedidas, viu o seu remate embater no pé de um defensor fornense e empatar a partida. Um resultado injusto para os locais, mas tudo fica mais complicado com uma defesa tão insegura e um ataque que não consegue marcar. Quase nem se deu pelo árbitro, vindo de Vila Real.
João Ferreira