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Brigas afirma que há «um clima de derrota»

O director da ESE acredita que as eleições de hoje vão ter um «rumo diferente» do último acto eleitoral

Pela segunda vez consecutiva, Joaquim Brigas, director da Escola Superior da Educação (ESE), concorre às eleições para a presidência do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Mas desta vez confia na «mudança necessária», que é o lema do seu programa, porque se no último acto eleitoral lutou por um novo projecto, hoje os motivos que o levaram a candidatar-se são outros, nomeadamente a «salvação de uma instituição que entrou em dramática agonia», garante Brigas. Por isso a sua candidatura assume-se como um programa de ruptura com o passado.

«As circunstâncias dramáticas» que o IPG vive foram os factores que levaram o director da ESE a submeter-se de novo aos votos, considerando que se assiste «passivamente à morte lenta» da instituição. Apesar dos últimos anos terem sido pautados por um «dramático» decréscimo do número de alunos, acompanhado das consequentes reduções na atribuição orçamental «resultado da estéril acção da actual presidência», Joaquim Brigas acredita que existem condições e dinamismo para «fazer renascer» o Politécnico. A afirmação da instituição é um dos traços defendidos na sua política de governar, «assumindo uma nova relação com a sociedade», defende. O professor pretende também revitalizar o Instituto enquanto «referência» no panorama nacional, imagem que se perdeu com o tempo. O director da ESE considera, por outro lado, que o actual presidente «não cumpriu as suas promessas» e, por consequência, motivou um «clima de derrota» que poderá ser um bom agouro para o candidato. No entanto, como acredita que o IPG «entrou no descalabro», Joaquim Brigas ambiciona agora «pôr termo a esta conjuntura insustentável».

Mas as críticas não se ficam por aqui, já que o candidato afirma «não pactuar com um discurso demagogo que engana a comunidade do IPG e as gentes da Guarda». O falhanço da missão do Politécnico enquanto agente de agregação da região é, na sua opinião, sustentada pela «falta de diálogo com as instituições e as forças vivas da cidade». Por isso considera indispensável «valorizar a coesão interna» e o consequente «diálogo» entre todos os actores do sistema. Acredita, portanto, que a política da actual presidência está «esgotada», pelo que preconiza um «novo rumo» porque o IPG «não pode sucumbir». Apesar do cenário pessimista da actual instituição, Joaquim Brigas acredita que, com o potencial que resta. o Politécnico ainda poderá apresentar-se como a «principal âncora do desenvolvimento da região da Guarda». Atento às novas exigências e perante o decréscimo de alunos nos últimos tempos, o candidato apresenta um programa diversificado baseado no ensino pós-graduado, especializado e pós-secundário; no ensino à distância; formação ao longo da vida, nomeadamente para as novas TIC, entre outros pontos referenciais. O gabinete de inserção na vida activa, a Escola Superior de Saúde, a incubadora de empresas, o centro de desenvolvimento regional, a unidade de ensino à distância, a ampliação da ESEG, bem como a construção de um infantário, são alguns dos compromissos de Joaquim Brigas nestas eleições.

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